sexta-feira, 3 de maio de 2013

BOLA DENTRO!



SER OU TER? EIS A QUESTÃO.


Segunda (29/05) foi um dia muito gratificante para o “telespectador família” que gosta de assistir a faixa das 19hs Global pra fugir um pouco da dura realidade. Depois da decepção chamada “Guerra dos Sexos”, a esperança tinha nome: Maria Adelaide Amaral. Acompanhada de seu pupilo Vincent Villari, os dois cumpriram com louvor a missão de apagar o fiasco da antecessora, com o brilho e frescor de uma nova e colorida trama paulistana. Juvenil, emocionante e ágil. Assim se define os primeiros capítulos “Sangue Bom”, primeira novela original assinada pela dupla que, também trabalhou junta na atualização perfeita de “TiTiti” (baseada no original do mestre, Cassiano Gabus Mendes). A nova trama gira em torno de discussões sobre fama, caráter, sucesso, e a eterna busca pela felicidade em suas diversas formas.

Denis Carvalho, Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari.


Marco Pigossi só demonstra mais uma vez o enorme talento que tem, como em cada trabalho seu; o bento lhe serviu como uma luva. Sophie Charlotte está super á vontade fazendo a It-Girl superficial Amora.  Isabelle Drummond surpreendeu com um personagem tão oposto aos outros que já fez e á ela própria; sua corinthiana (\o/ VAI TIMÃÃOO!É NÓIS!rsrs) Giane convenceu e mostrou a que veio. Fernanda Vasconcellos, mais uma vez é uma moça que sofre por amor, talvez eu ainda vá gostar da personagem já que a atriz não me agrada tanto assim. Humberto Carrão deu todo o tom maquiavélico pro Fabinho ser o GRANDE vilão da novela. Jayme Matarazzo ainda não se mostrou, pois o personagem não teve relevante importância nestes primeiros capítulos, mas todos sabem que ele manda bem na interpretação, então: sem comentários (vide: ele em “Escrito nas Estrelas” e “Cordel Encantado”). 

Humberto Carrão, Sophie Charlotte, Jayme Matarazzo, Fernanda Vasconcellos, Marco Pigossi e Isabelle Drummond.

Uma boa surpresa foi Ellen Roche, que teve uma boa desenvoltura em cena, não se deixando intimidar na hora de contracenar com “gente grande” da dramaturgia como Giulia Gam. Tem como deixar de citar a musa das sobrancelhas grossas, Malu Mader? Rosemere é tão humana e batalhadora que fica difícil não gostar dela. Malu deixou a pose de rica e famosa pra fazer um personagem diferente, uma barraqueira que acredita no sonho do filho e faz o que for preciso pra ajudá-lo a alcançar esse objetivo.

"Brunetty e Bárbara Ellen" - Ellen Roche e Giulia Gam.


Sem dúvida, os destaques da novela são muitos, todos os núcleos são interessantes e bem amarrados. Histórias na medida certa entre o drama e a comédia. Personagens cativantes, cada um ao seu modo. Enquanto constrói delicadamente as tramas românticas dos protagonistas jovens, alguns deles ex-órfãos, Sangue Bom carrega em um humor metalinguístico, que tira onda do próprio universo das novelas. Bárbara Ellen e Damáris, das veteranas Giulia Gam e Marisa Orth, prometem sacudir a novela com o politicamente incorreto nas entrelinhas.


"Damáris" - Marisa Orth.
Sangue Bom Promete trazer de volta o público jovem que não se contenta com uma simples e desgastada “Malhação” (apesar dessa temporada ter surpreendido), também agradando á todos os públicos desde a abertura, passando pelas tramas adoráveis, até a direção maravilhosa de Denis Carvalho. Como diz a Tina (sempre ótima, Ingrid Guimarães) “A Vida é Bela”, então vamos curtir!  

Abraço!
"Tina" - Ingrid Guimarães.