Segunda (29/05) foi um dia muito
gratificante para o “telespectador família” que gosta de assistir a faixa das
19hs Global pra fugir um pouco da dura realidade. Depois da decepção chamada “Guerra
dos Sexos”, a esperança tinha nome: Maria Adelaide Amaral. Acompanhada de seu
pupilo Vincent Villari, os dois cumpriram com louvor a missão de apagar o
fiasco da antecessora, com o brilho e frescor de uma nova e colorida trama paulistana. Juvenil, emocionante e ágil.
Assim se define os primeiros capítulos “Sangue Bom”, primeira novela original
assinada pela dupla que, também trabalhou junta na atualização perfeita de “TiTiti”
(baseada no original do mestre, Cassiano Gabus Mendes). A nova trama gira em torno de discussões
sobre fama, caráter, sucesso, e a eterna busca pela felicidade em suas diversas
formas.
Marco Pigossi só demonstra mais
uma vez o enorme talento que tem, como em cada trabalho seu; o bento lhe serviu
como uma luva. Sophie Charlotte está super á vontade fazendo a It-Girl
superficial Amora. Isabelle Drummond
surpreendeu com um personagem tão oposto aos outros que já fez e á ela própria;
sua corinthiana (\o/ VAI TIMÃÃOO!É NÓIS!rsrs) Giane convenceu e mostrou a que veio. Fernanda Vasconcellos, mais uma vez é
uma moça que sofre por amor, talvez eu ainda vá gostar da personagem já que a
atriz não me agrada tanto assim. Humberto Carrão deu todo o tom maquiavélico
pro Fabinho ser o GRANDE vilão da novela. Jayme Matarazzo ainda não se mostrou,
pois o personagem não teve relevante importância nestes primeiros capítulos,
mas todos sabem que ele manda bem na interpretação, então: sem comentários
(vide: ele em “Escrito nas Estrelas” e “Cordel Encantado”).
Humberto Carrão, Sophie Charlotte, Jayme Matarazzo, Fernanda Vasconcellos, Marco Pigossi e Isabelle Drummond. |
Uma boa surpresa foi Ellen Roche, que teve uma boa desenvoltura em cena, não se deixando intimidar na hora de contracenar com “gente grande” da dramaturgia como Giulia Gam. Tem como deixar de citar a musa das sobrancelhas grossas, Malu Mader? Rosemere é tão humana e batalhadora que fica difícil não gostar dela. Malu deixou a pose de rica e famosa pra fazer um personagem diferente, uma barraqueira que acredita no sonho do filho e faz o que for preciso pra ajudá-lo a alcançar esse objetivo.
"Brunetty e Bárbara Ellen" - Ellen Roche e Giulia Gam. |
Sem dúvida, os destaques da
novela são muitos, todos os núcleos são interessantes e bem amarrados.
Histórias na medida certa entre o drama e a comédia. Personagens cativantes,
cada um ao seu modo. Enquanto constrói delicadamente as tramas românticas dos
protagonistas jovens, alguns deles ex-órfãos, Sangue
Bom carrega em um humor metalinguístico, que tira onda do próprio
universo das novelas. Bárbara Ellen e Damáris, das veteranas Giulia Gam e
Marisa Orth, prometem sacudir a novela com o politicamente incorreto
nas entrelinhas.
"Damáris" - Marisa Orth. |
Sangue Bom Promete trazer de
volta o público jovem que não se contenta com uma simples e desgastada “Malhação”
(apesar dessa temporada ter surpreendido), também agradando á todos os públicos
desde a abertura, passando pelas tramas adoráveis, até a direção maravilhosa de
Denis Carvalho. Como diz a Tina (sempre ótima, Ingrid Guimarães) “A Vida é Bela”,
então vamos curtir!
Abraço!
"Tina" - Ingrid Guimarães. |