Ontem (20/05) eu me sentei na
frente da TV como todo bom telespectador brasileiro que gosta de assistir
telejornais. Duas surpresas eu tive: primeira, o jornal já estava acabando.
Segunda, pela segunda vez eu vi uma novela com linguagem de série americana.
Voltei aos gloriosos tempos de Avenida Brasil, agora com a agilidade e
sensibilidade de outro gênio da dramaturgia: Walcyr Carrasco.
A nova novela das nove tem uma
carga dramática, forte emocionante. Se alguém sentia falta das rocambolescas
histórias do Leblon assinadas pelo Maneco, pode sentar e grudar os olhos em
“Amor à Vida”, que por sua vez é bem mais ágil e detalhadamente construída.
Ponto para a direção geral de
Mauro Mendonça Filho (que já havia trabalhado com Carrasco no lindo remake de
“Gabriela”), e para a direção de núcleo de Wolf Maya. A fotografia do folhetim
é linda e cinematográfica, o uso de câmeras nervosas e nada óbvias só mostra o
quanto as telenovelas estão evoluindo e trazendo novos ares ao telespectador.
As cenas gravadas em Machu Picchu (Peru) conseguiram transmitir toda a energia
mágica daquelas montanhas, que segundo se ouve falar são um milagre para a
alma.
O elenco é na verdade um timaço!
Os personagens são muito interessantes, destaque para o núcleo principal e
claro, sem sombra de dúvidas, para Mateus Solano que com certeza será vítima do
“amamos odiar” que o telespectador nutre para com os melhores (ou piores?)
vilões da TV. Paola oliveira continua se consagrando e provando que seu talento
supera a beleza que papai do céu lhe deu.
"Félix e Paloma" - Mateus Solano e Paola Oliveira |
Termino esse texto afirmando que
o folhetim das nove só confirma o que eu sempre pensei: Já era pro Walcyr estar
no horário nobre há séculos! (risos). Sob a ótica da minha primeira impressão,
“Amor à Vida” já é de fato “o novo amor das nove” do Brasil.
O Autor Walcyr Carrasco |