sexta-feira, 17 de maio de 2013

!A GLÓRIA DO JORGE!





Desde que estreou, a novela Salve Jorge foi alvo de críticas e mais críticas vindas de todos os públicos. Começou com a audiência não tão boa, e sofrendo comparações com sua antecessora (Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro). Antes de mais nada, se você é um dos que adoram criticar o folhetim de Glória Perez não leia esse post, pois críticas à novela é só o que tem na internet, por isso mesmo eu faço questão de ressaltar os pontos positivos da saga de Morena.


Começando pelo tema do tráfico humano. Boa parte da população brasileira e mundial não tem conhecimento sobre tal crime que é inclusive o 3° mais lucrativo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o tráfico de armas. A questão foi muito bem colocada e despertou o interesse do público. O que dizer da máfia turca? Um verdadeiro show de interpretação de Adriano Garib, Totia Meirelles, Claudia Raia e Paloma Bernardi. Vera Fischer não fez nada coitada, ela mesmo admitiu a imprensa não ter sido enriquecida pela personagem que só aparece sentada.



No início do texto eu disse qe não ia falar mal de nada, e nem vou, só quero deixar claro uma total decepção quanto á “grande vilã” (kkk) da trama, a tal da Lívia Marine. Eu não consegui engolir a personagem que era tida como a chefa; Lívia não me conquistou como uma verdadeira vilã, não tinha carisma (vide: Nazaré Tedesco, Carminha, Odete Roitman, dentre tantas outras que agora residem no Butantã mental do telespectador), não fazia nada, só mandava nos outros e quando eu realmente achava que ela ia botar a mão na massa e fazer alguma maldade que preste, lá vem a mulher matar alguém de forma ridícula ou então fazer maldadezinhas infantis contra Théo. Uma pena, pois Lívia tinha tudo pra ser uma das piores/melhores vilãs da TV. Deixando claro que não estou julgando a Claudia Raia e sua interpretação, mas sim a personagem. Pra mim a vilã de toda a trama era quem botava a mão na massa, dava a cara pra bater (literalmente), ou seja, Wanda. Essa sim soube ser bandida mesmo!


Os destaques são muitos, mas pra dizer a verdade só uns dois ou três núcleos realmente me interessavam, dentre esses destaco o trio que levou a novela nas costas: Giovanna Antonelli, Nanda Costa e Dira Paes. A “delegata” Helô além de lançar moda, fez alusão ao poder feminino, abrilhantada pela interpretação maravilhosa de Antonelli em sua ótima química com Alexandre Nero. Nanda costa surpreendeu e calou a boca de todos que duvidavam do seu talento, pegando de cara uma protagonista “povão” e com uma carga dramática muito forte, mandou muito bem! Dira Paes fez uma inesquecível Lucimar se consagrando ainda mais como grande atriz que é.


Rodrigo Lombardi é um ótimo ator e fez bonito, apesar do Théo ficar boa parte da trama perdido e desonrando a música do Roberto Carlos (rsrsrs). O núcleo do exército foi chato, junto com o da cadelinha Emily e cia, também o núcleo da família falida de Celso (Caco Ciocler). E o que dizer então de Bianca, Zyah, Ayla e o resto da turcaiada? Muito chato. O que realmente salvava eram as loucuras de Sarila, da ótima Betty Gofman.


Mais umas coisas a serem destacadas: O talento notório da revelação Thiago Abravanel; a surpreendente e carismática Thammy Miranda, o trio que não é bagunça: Maria Vanúbia (pipipi olha o recalque!), Pescoço e Delzuíte (Roberta Rodriges, Nando Cunha e Solange Badim, respectivamente) e a memorável abertura, um verdadeiro colírio aquelas imagens e a musiquinha do Jorge então...




No mais, Salve Jorge vai ficar na memória do brasileiro, mesmo que não tenha sido uma das maiores audiências ou tenha tido falhas quanto a verossimilhança. Mas, quando alguém te chamar pra ir trabalhar na Turquia daqui uns 10 anos, talvez você ainda se lembre de Morena e das traficadas e diga um alto e claro: “Deus me livre!”.



A autora Glória Perez