quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Entrevista - LeoAna


Tô de volta com a série de entrevistas do nosso blog, galera! (PALMAS, POR FAVOR!)
Dessa vez, eu fui atrás de uma dupla incrível. Eles são iniciantes na música e em pouco tempo já ostentam um número considerável de visualizações em seus vídeos. A dupla LeoAna tem conquistado cada vez mais admiradores pelo estilo e simplicidade ímpar do seu trabalho. De Imperatriz do Maranhão (nossa amada cidade), Victor Leoti e Ananda Miranda almejam mais que os simples holofotes, e foi sobre isso que conversamos na entrevista abaixo. Confira:
Como surgiu a ideia de fazer a dupla?
Leo: Depois que Ana me chamou pra tentar um som com ela, nós passamos alguns meses enrolando e conversando até que um dia resolvemos realmente dar um “chega, de hoje não passa”. Em questão de uma semana já tínhamos o ensaio fotográfico e o primeiro vídeo.
Quais artista(s) e estilo(s) é/são referência para o trabalho de vocês?
Leo: Cada um tem suas influências. As minhas são Tiê, A Banda Mais Bonita Da Cidade, Maglore, Supercombo, Demi Lovato e Of Monsters And Men.
Ana: Maria Gadú, Nxzero, Supercombo, e algumas bandas de folk internacionais como The Lumminers e Iron & Wine.
Como vocês enxergam o cenário musical do nosso país atualmente, sobretudo no que diz respeito ao seu gênero musical?
Leo: A indústria fonográfica brasileira ta crescendo muito. Isso é ótimo. Os artistas estão planejando melhor seus lançamentos, investindo em clipes, programas de TV, shows melhores. Eu vejo um mercado mais interativo e que possibilita o ingresso de novos artistas. Nosso estilo, aqui na cidade sobretudo, é pouco visado, o que dificulta um pouco as coisas mas não transforma nosso trabalho em impossível.
Ana: Aqui na nossa cidade, realmente o mar não está pra peixe. É uma pena que algumas pessoas não saibam o valor de saber ouvir outros ritmos. Falo por mim mesmo, que não ouvia funk e agora, ouço, tudo é música (o que pode avacalhar são as letras abusivas), mas enfim, temos muitos artistas novos no mercado hoje, e fora dele também, o que falta é espaço, reconhecimento, e as pessoas abrirem seus ouvidos e estarem dispostas a ouvir novos conceitos de música.

O que lhes motiva a seguir em frente além do amor pela música?
Leo: A vontade de viver de música, que é meu sonho, é meu maior motivo.
Ana: Acredito que a música tem uma vibe diferente de tudo, e saber que ela de alguma forma toca o coração das pessoas, me motiva muito a seguir.
Qual foi a maior inspiração para este primeiro trabalho autoral?
Leo: Acho que tivemos algumas influências de alguns artistas da nova MPB. Muitos notaram uma semelhança com a Clarice (Falcão), mas não foi algo premeditado.
Quais as diferenças que vocês notaram em si mesmos desde a ideia da dupla até agora?
Leo: Eu estou menos tímido. Bem menos.
Ana: Como o Leo falou, estou também aprendendo a lidar com a timidez.
Como vocês se enxergam daqui a 2 anos ou mais?
Leo: Conseguindo algum contrato com uma gravadora e lançando nosso álbum de inéditas.
Ana: Saindo em turnê pelo Brasil, tocando junto com alguns artistas que gosto.
Ah, LeoAna já tem vídeo da música autoral, gente! Clique no link abaixo e assista “Algo Sobre Saudade”:




terça-feira, 27 de outubro de 2015

CULTURA TRASH - O QUE É?


Você já ouviu falar sobre cultura trash?

Neste halloween você vai a alguma festa fantasiado? Vai vestido de que? Será que a roupa escolhida por você não seria trash? Bom, primeiro vamos ao conceito. O que diabos vem a ser “Trash”?

Trash em inglês quer dizer “lixo”. Diante desse fato temos a impressão de que se trata de um produto ruim todo o que assim for rotulado, ainda mais hoje em que o termo está sendo usado como gíria para má qualificação.  Bom, isso vai depender do contexto em que o “trash” for utilizado. No geral, é dito que para ser Trash algo precisa ser tão ruim, tão ruim, que possa no fim das contas ser bom. Isso ocorre bastante no cinema, por exemplo. A definição de Filme Trash, em geral, trata-se de um filme tecnicamente mal feito (propositadamente ou não), mas que é considerado bom. A estética cinematográfica Trash pode ser usada em qualquer gênero de filme ou vídeo, mas é mais usada no Terror. Costuma-se considerar Trash todo filme de Terror que ao invés de causar medo ou tensão, é engraçado. Um filme trash é difícil de ser categorizado e não existe uma verdade absoluta, apenas alguns fatores que podemos considerar. O trash vai ser um filme geralmente de baixo orçamento, sem roteiros brilhantes e muito menos elencos milionários, mas com um fator em comum a todos, a presença do humor negro, que é um fator constante em um filme trash e provavelmente a maior característica de tais.
A questão do baixo custo não é exclusiva do trash, pois vamos vê-las muito no slasher e em muitos outros sub-gêneros do terror e até mesmo de outros gêneros, portanto não dá para restringir esse fator apenas cinema trash. Então o que temos no trash são filmes de terror (que geralmente tem o intuito de chocar) que conseguem transmitir horror e humor quase simultâneamente, geralmente com baixo orçamento (não é uma regra) e com alguns elementos um tanto “toscos”, mas que ajudam a criar toda a magia que o trash tem. O primeiro filme considerado trash na história foi A CASA DOS MAUS ESPÍRITOS de 1959, porém, antes do conceito existir tivemos alguns outros filmes merecedores do título, como é o caso do PLANO 9 DO ESPAÇO SIDERAL do diretor Ed Wood, que hoje é considerado Cult. Em meados da década de 80 as maiores pérolas dessa “Boca do Lixo” foram produzidas. Filmes como FOME ANIMAL, NÁUSEA TOTAL E EVIL DEAD – A MORTE DO DEMÔNIO são lembrados até hoje e com mais carinho do que repulsa. O diretor dos dois primeiros foi Peter Jackson, que muito antes de se aventurar com a impecável trilogia O SENHOR DOS ANÉIS, operou as câmeras do estilo gore e deixou sua marca. Já EVIL DEAD é o clássico absoluto dos filmes insanos e “bem-mal feitos”, conduzido pelo responsável da franquia HOMEM ARANHA (com Tobey Maguire) Sam Raimi, que voltou as suas origens com ARRASTE-ME PARA O INFERNO.
Já não se pode nem mais assaltar a geladeira de madrugada
Há muitas outras “Trasheiras” que valem a pena ser vistas, anota aí: O VINGADOR TÓXICO (clássico da TROMA ENTERTAINMENT), PALHAÇOS ASSASSINOS DO ESPAÇO SIDERAL, RE-ANIMATOR, O ATAQUE DOS TOMATES ASSASSINOS, O MONSTRO DO ARMÁRIO, O ATAQUE DOS VERMES MALDITOS, entre outros...
E ainda tem a classe dos objetos assassinos, tipo: BISCOITO ASSASSINO, PNEU ASSASSINO, GELADEIRA ASSASSINA, CAMISINHA ASSASSINA...
O TRASH NO BRASIL
Em terras tupiniquins nós temos inúmeras obras que se assumem trash, ou mesmo se baseiam na sua estética/técnica (ou falta dela) para compor sua característica. Como o clássico infantil SUPER XUXA CONTRA O BAIXO ASTRAL (1988) que mistura cenários um tanto precários, música, cores alegres em contraste com o cinza e uma história simples e cativante. Veja um trecho abaixo:

A Rede Globo também já teve o Trash na sua grade de programação. Em 1991 às 19 horas, a clássica novela VAMP reunia toda a turma jovem em frente à televisão. Misturando todos os clichês folhetinescos à linguagem de videoclipe, revista em quadrinhos, rock n’ roll, defeitos pra lá de especiais e claro, vampiros! Sucesso com 62 pontos de audiência, que levou nomes como Claudia Ohana e Ney Latorraca ao auge da carreira protagonizando cenas antológicas. Na abertura você já sentia o clima da trama que eu com muito carinho gravei da reprise pelo Canal Viva em 36 discos. Confira abaixo:

A Rede Bandeirantes investiu nesse gênero quando em 1996 criou o lendário CINE TRASH. Apresentado por ninguém menos que o mestre do terror no Brasil, o cineasta e ator José Mojica Marins, o Zé do Caixão, que também é responsável pela imersão do Trash na cultura do nosso país, antes mesmo do conceito existir de fato. O Cine Trash exibia as melhores películas do gênero durante as tardes de segunda a sexta. Depois de várias mudanças nos horários e dias e exibição por conta de intervenções da censura, a sessão de filmes chegou ao fim em 1998, dando lugar ao CINE SINISTRO que era apresentado pela “quase nua” Carla Tenore à meia noite de sábado.
Antes que eu me esqueça, assista aqui um trecho de um dos maiores trash contemporâneos do Brasil, OBRIGADO A MATAR dirigido e atuado por João Amorim e sua turma que ganhariam fácil o Framboesa de Ouro. A definição de bom ou ruim sobre esse trem fica por sua conta.
Algumas séries de TV também usam o trash para compor suas características e dentre muitos exemplos, os dois que eu mais gosto de citar são THE TWILIGHT ZONE (ALÉM DA IMAGINAÇÃO) e BUFFY THE VAMPIRE SLAYER (BUFFY A CAÇA VAMPIROS). As duas séries tem algumas coisas em comum, dentre elas destaco suas frases introdutórias que são características marcantes do gênero: "Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo homem. É uma dimensão tão vasta quanto o espaço e tão desprovida de tempo quanto o infinito. É o espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a superstição; e se encontra entre o abismo dos temores do homem e o cume dos seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região Além da Imaginação".
"A cada geração há uma escolhida, ela sozinha enfrentará os vampiros, vampiros demônios e as forças do mal, ela é a caçadora."


A duas são impecáveis e não se utilizam do “mal feito proposital”, mas sim do bizarro, insano e criativo que substancia as melhores obras trash. BUFFY, em toda a sua primeira temporada tem seus episódios dedicados a homenagear também os fimes B. ALÉM DA IMAGINAÇÃO, como o nome já sugere, investe em tramas mirabolantes que conseguem deter a atenção de quem assiste atiçando a curiosidade.
E aí, deu pra entender o que são filmes Trash? Tem que desenhar? Espero que esse post de halloween tenha sido útil pelo menos pra você acabar com preconceitos e não ficar perdido numa rodinha de cinéfilos. Até a próxima, muito obrigado!

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O AMOR ACONTECEU!


"Quando os Jovens mudarem, o mundo se transformará!"

Domingo, 26 de julho de 2015. O dia mais aguardado das férias. Bom, pelo menos para aqueles que sonham e tentam fazer deste o Mundo Ideal. Foi em São Paulo que esse ano fiz amizades pra vida inteira, revi amigos/irmãos e compartilhei momento de pura alegria com pessoas mais do que queridas. Um família unida por algo maior que tudo. Milhares de pessoas de todo canto do Brasil ligadas por um sentimento sutil e ao mesmo tempo forte, arrebatador.

A 60º CONVENÇÃO NACIONAL DOS JOVENS DA SEICHO NO IE DO BRASIL aconteceu simultaneamente em São Paulo (Ginásio do Ibirapuera) e Natal-RN (Teatro Riachuelo) e com certeza foi um divisor de águas na vida de todos que tiveram a oportunidade de participar. A comemoração do jubileu de diamante de um sonho que há seis décadas leva a palavra de Deus ao coração da humanidade. Dos simplórios cafezais aos grandes estádios, a Verdade "Homem-Filho-de-Deus" se expande cada vez mais e ilumina o Brasil de norte a sul, de leste a oeste.
Preletores: Luciano S. Lago, Régis Yoshio Shimanoe, Fernando Antonio M. Marques, Ênio Maçaki Hara, Marie Murakami e Junji Miyahura

Sob a orientação de Deus, abençoados Preletores falaram sobre saber sonhar, viver em harmonia com a natureza, fazer-se novo, saber ouvir-se, viver sem medo e a transformação do mundo por meio da juventude. Não há palavras que descrevam o sentimento de quem sentiu o coração vibrar com cada palavra dita naquelas palestras.

A cada música, a cada hino, o Espírito Santo de Deus repousava sobre todos. Saí de lá com decisões tomadas, mudanças a serem feitas para tornar minha vida melhor e em consequência colaborar para que a vida das pessoas se torne um paraíso. Trabalhar pelo Movimento de Iluminação da Humanidade é manifestar o amor em todos os atos, é agradecer a todas as pessoas coisas e fatos. Saber ouvir a voz de Deus para manifestar o seu Reino aqui e agora. Pois nós somos a fonte inesgotável do belo e do bem. Temos de abrir o canal e deixar a sabedoria Divina agir através de nós. A AJSI é força, fé e alegria. O amor é o que nos faz viver, e o sonho é o nosso combustível para realizar as obras de Deus.
"Jovens, sonhem! Tudo que de valoroso existe neste mundo partiu da mente daqueles que sonharam com bravura. Na verdade, somente os sonhadores são os que alcançam os postos vanguardeiros na cultura humana. Os sonhadores, em todas as gerações, lideraram a humanidade e construíram a cultura de hoje. Jovens, é preciso sonhar!". Esse trecho de O Livro dos Jovens demonstra o poder de sonhar verdadeiramente, como dizia o Professor Masaharu Taniguchi, que teve o sonho de fundar a Seicho No Ie depois que a conheceu através de Revelações Divinas. Na verdade, se o seu sonho é sincero e beneficiará outras pessoas sem prejudicar ninguém e nem nutrirá seu ego, ele já está realizado no Reino de Deus, pois é sonho de Deus! Acredite no Deus que habita dentro de você, acredite na força do bem e aja com determinação, pois assim seu sonho se concretizará infalivelmente. Lembre-se do que disse Nosso Senhor Jesus Cristo: "Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça e o mais lhe será dado em acréscimo", "Conforme creste será". Concretizemos o Mundo Ideal com que sonharam esses grandes mestres: Cristo, Sakyamuni, Gandhi, Madre Tereza, Chico Xavier, Masaharu Taniguchi.
Caravana de MA IMPERATRIZ com o Presidente Nacional dos Jovens Régis Yoshio Shimanoe

Acredite em Deus, acredite em você! Você é Filho de Deus, sendo assim é possuidor de capacidade infinita. Não deixe que os aparentes obstáculos te vençam, pois eles existem para polir o seu espírito e te fazer mais forte. Pense positivo, use a força da sua mente e o poder da palavra e diga SIM pra Vida!


"Iluminemos o Brasil, com a força dos Jovens! Despertemos a natureza divina, de todos os Jovens do Brasil!"

sexta-feira, 3 de julho de 2015

VOCÊ CONHECE JOHN HUGHES?



"A vida humana é uma provação, e a adversidade é o lugar de honra" (Hughes)

Você sabe quem foi John Hughes? Provavelmente assim de nome não. Mas, te garanto que ao longo da sua vida, ele já te proporcionou momentos únicos em frente a televisão. Durante muito tempo ele se fez presente na Sessão da Tarde (GLOBO) e Cinema em Casa (SBT), isso claro, quando esses dois programas ainda eram relevantes. Falando em relevância, essa palavra define muito bem o que John Hughes representa pra cultura Pop. No que diz respeito à juventude oitentista, ele foi um dos poucos diretores/roteiristas a falar com tanta propriedade da vida adolescente, e talvez o único a conseguir retratar tão bem essa fase da vida. Diria que seus filmes são verdadeiros "formadores de caráter", pelo menos pra qualquer cinéfilo que se formou desde criança nas locadoras de VHS ou vendo incontáveis e prazerosas reprises na TV aberta.

Nascido aos 18 de fevereiro de 1950 na cidade de Lansing (Michigan) nos Estados Unidos, foi um menino de infância fantasiosa, sempre imerso no mundo dos quadrinhos e filmes. Nos anos 1970 começou a escrever humor para a revista National Lampoon, e trabalhou como diretor de criação em uma agência de publicidade. No início da década de 1980, começou a produzir roteiros, algumas vezes com o pseudônimo de "Edmond Dantès", uma homenagem ao personagem principal de O Conde de Monte Cristo. A partir de agora apresentarei as principais obras de John em ordem cronológica, pra te ajudar a montar uma listinha, assim quando você for assistir poderá comparar suas obras em diversos aspectos, principalmente em evolução de estrutura e linguagem. Let's go!


GATINHAS E GATÕES (1984)
Samantha Baker (Molly Ringwald), uma adolescente de 15 anos, sonha em namorar o garoto mais popular da escola que infelizmente namora outra. Para piorar, um garoto nerd começa a assediá-la. Além disso, em virtude do casamento de sua irmã mais velha, seu aniversário de 16 anos é totalmente esquecido. Gatinhas & Gatões é um exemplo de comédia que diverte sem precisar de escatologias, e que ensina sem precisar de sermões. É um filme temático, mas nem por isso segmentário, consegue ser atemporal e inovador.

CLUBE DOS CINCO (1985)
Cinco adolescentes são colocados de castigo na escola por causa de pequenas infrações. O castigo consiste em escrever uma redação contendo mil palavras sobre o que eles acham de si mesmos. Agora juntos, eles começam a se conhecer, fazer confissões e aceitar seus limites e diferenças. É uma obra-prima tipicamente dos anos 1980, bem dosada em cima de temas que jamais perderam sua relevância, independente de sua época. Mais do que um filme adolescente, é um ensaio sobre as implicações da época mais complicada e intensa da vida.



MULHER NOTA MIL (1985)
“Se você não consegue arrumar uma garota, faça uma!”. Essa é a premissa do filme. Gary Wallace e Wyatt Donnelly são dois adolescentes impopulares com as garotas. Eles resolvem criar no computador de Wyatt a mulher que eles acreditam ser perfeita. Uma tempestade dá vida a ela, que é batizada como Lisa. Lisa é sexy, bonita, determinada, fiel aos seus criadores, mas com modos que deixam os que cruzam o seu caminho desconcertados. Entretanto, problemas começam a ocorrer quando o implicante irmão mais velho de Wyatt, Chet, sente que algo está estranho. Situações malucas e algumas reflexões acerca de auto-confiança e amadurecimento te esperam.

A GAROTA DE ROSA SHOCKING (1985)
A estudante Andie Walsh (Molly Ringwald) é uma garota pobre que tem uma queda por um garoto rico, um dos preppys em sua escola, Blane McDonough. Quando Andie e Blane tentar ficar juntos, eles encontram a resistência de seus respectivos círculos sociais. Andie vive "do lado oposto dos trilhos" com seu pai subempregado. O melhor amigo de Andie, Duckie (Jon Cryer), é apaixonado por ela, e devota sua vida à Andie. Na escola, os dois são perseguidos pelos amigos de Blane, os arrogantes chamados "riquinhos", Benny (Kate Vernon) e Steff (James Spader). Andie trabalha na TRAX, uma loja de música New Wave, gerida por sua velha amiga e mentora Iona (Annie Potts) que a aconselha a ir ao seu baile de formatura, apesar de não ter um par. Esse filme, John não dirigiu, apenas roteirizou e imprimiu um tom um tanto feminista, apesar do romance "menininha" que conquista sem grande esforço quem o assiste.

CURTINDO A VIDA ADOIDADO (1986)
No último semestre do curso do colégio, Ferris Bueller (Matthew Broderick) sente um incontrolável desejo de matar a aula e planeja um grande programa na cidade com sua namorada (Mia Sara), seu melhor amigo (Alan Ruck) e uma Ferrari. Só que para poder realizar seu desejo ele precisa escapar do diretor do colégio (Jeffrey Jones) e de sua irmã (Jennifer Grey). A obra prima máster de John, onde ele imortalizou seu estilo e sua alma. Se você nunca assistiu, não pode morrer sem o fazer!

ANTES SÓ QUE MAL ACOMPANHADO (1987)
Neal Page, um carrancudo publicitário, está retornando de Nova Iorque para Chicago, a fim passar o feriado de Ação de Graças com sua família. No entanto, em seu caminho de volta para casa ele esbarra com Del Griffith, um vendedor de anéis de cortina, que transformará a viagem de Neal em um verdadeiro inferno. Bem recebido pelo público e crítica, o filme revitalizou as carreiras de Martin e Candy, à época, ambos em baixa. A trilha sonora do filme, assim que foi lançada nas lojas, esgotou-se em poucas semanas. Hilário! 

ELA VAI TER UM BEBÊ (1988)
Jake Briggs (Kevin Bacon) e Kristy (Elizabeth McGovern) se conhecem desde a infância. Hoje, são casados, e a vida de casados que planejavam e com a qual sonhava se tornou uma rotina de problemas. Contudo, uma notícia promete transformar o seu dia-a-dia, o nascimento de um bebê. John Hughes parte pra um tema mais adulto, mas é só de fachada, no fundo o filme é sobre, como ele mesmo nos ensinou, nunca deixarmos de ser meros adolescentes nessa vida.

QUEM VÊ CARA NÃO VÊ CORAÇÃO (1989)
Tio Buck (John Candy) é um homem cheio de defeitos, mas assim como em todos os filmes de John Hughes, ele tem qualidades fundamentais no universo "hugheniano", Buck tem princípios, não tolera gente preconceituosa e respeita as crianças. Seu irmão, Bob (Garrett M. Brown), sabe dos defeitos de Buck, vagabundo, descompromissado e enrolado, mas para desespero da esposa de Bob, Cindy, eles terão que chamar Buck para tomar conta das seus filhos (duas crianças e uma adolescente), porque terão que viajar pra Indianópolis por causa do estado de saúde do pai de Cindy. Uncle Buck faz parte do acordo de Hugues com a Universal para a produção de 3 filmes. É a trilogia da vida adulta, Antes só do que Mal Acompanhado, e Ela vai ter um Bebê completam a série.

A MALANDRINHA (1991)
Após uma noite de farra, Bill Dancer (James Belushi) encontra na porta de sua casa um bebê abandonado. Ele faz o que pode para criá-la e, 9 anos depois, Curly Sue (Alisan Porter) o ajuda em seus pequenos golpes. Os dois vivem mudando de cidade e, ao chegarem em Chicago, tentam aplicar um golpe em Grey Ellison (Kelly Lynch), uma conhecida executiva de uma empresa de advocacia. Eles fazem com que Grey pense que atropelou Bill, visando ganhar um jantar, mas ela acaba se envolvendo com ambos e muda suas vidas. Bem leve, pra descansar a mente e se divertir!

A carreira de John não pára por aí, a lista de trabalhos é um tanto extensa pra se falar de cada filme, porém não posso deixar de comentar que ele é o responsável por roteiro/produção de mais filmes inesquecíveis como: FÉRIAS FRUSTRADAS (TRILOGIA), ESQUECERAM DE MIM (1, 2 E 3), BEETHOVEN (1, 2 e 3), MILAGRE NA RUA 34, 101 DÁLMATAS, CONSTRUINDO UMA CARREIRA, ALGUÉM MUITO ESPECIAL, entre outros.


Já assistiu o filme "A Mentira" (Easy A), com a Emma Stone? No filme, a personagem de Emma, Olive, em uma hora fala uma frase que eu concordo totalmente: "Apenas por uma vez, eu queria que minha vida fosse como um filme dos anos 80. Mas não, John Hughes não dirigiu a minha vida". Esse sentimento é algo totalmente compreensível se você assistir aos filmes de Hughes e se perceber ali, em algum personagem, situação, música, roupa, gosto particular, enfim... Viva John Hughes, o herói de uma geração eterna chamada juventude!


quarta-feira, 15 de abril de 2015

SHAKESPEARE, A MEGERA FOI DOMADA?


A literatura é uma forma de arte que traz  fatos históricos, que podem estar explícitos ou implícitos nas obras. Portanto, para analisar uma obra literária é necessário pesquisar o período em que a obra se passa e o comportamento social naquela época, para assim compreender os seus personagens e os acontecimentos do enredo. Nas obras de Shakespeare encontramos características do período Renascentista. Na peça A Megera Domada especificamente, Shakespeare expôs a submissão da mulher, fato que era muito comum na época. A obra pode ter duas interpretações diferentes. Shakespeare poderia simplesmente ter sido influenciado pelo período em que vivia e teria relatado os fatos de maneira cômica. Outra hipótese é que o autor escreveu a peça para ridicularizar o machismo e a submissão feminina.

A comédia de Shakespeare conta a história de Lucêncio, um rapaz que visita a cidade de Pádua com seu criado, Trânio, para buscar os conhecimentos que só a universidade poderia lhe dar. Mal chega na região e o destino o faz encontrar Batista, um nobre senhor, junto com suas duas filhas Bianca e Catarina. A primeira, delicada e rodeada por pretendentes, logo lhe chama atenção e o faz cair de amores. Porém, Lucêncio  descobre que, além de ela já ter mil homens aos seus pés, conquistar Bianca requer derrubar um baita obstáculo: sua irmã mais velha Catarina, uma mulher ranzinza e tempestuosa, motivo de dor de cabeça para o pai. Devido a personalidade "única" da filha, Batista decide que só quando Catarina estiver muito bem casada Bianca poderá namorar e enlaçar o seu próprio noivado. E é a partir desse cenário que Lucêncio - e todos os outros capachos de Bianca - procura um jeito de casar Catarina. O jeito? Um cara bruto, com boa vontade e muita, MUUUITA paciência: Petruchio, um grosseirão que anda precisando de dinheiro. Eu diria que essa história foi o início do quase sempre eficaz casal "Gato e Rato", "Morde e Assopra", "Tapas e Beijos", etc.

Shakespeare era um autor à frente de seu tempo e que procurava mostrar seus ideais em suas obras e com seus personagens marcantes. Em A Megera Domada, ele utilizou a voz de Catarina para expressar a sua oposição em relação à sociedade renascentista, inspirando-se no poder e autoridade da Rainha Elizabeth I. Porém, o autor não podia fazer peças que fossem totalmente contra a sociedade da época, pois as obras não teriam boa recepção. Desse modo, ele utilizou sua famosa ambiguidade e sua ironia criticando a sociedade renascentista sem ser banido. Catarina é considerada uma megera por ir contra todos os paradigmas da renascença, e mesmo se casando deixa claro nas entrelinhas que finge ser domada para domar.

AS MEGERAS

Muitas são as adaptações do original de Shakespeare, porém poucas conseguiram repercussão internacional como as três citadas a baixo. Cada uma a seu estilo e época, foram responsáveis por marcar a história do Cinema, da TV ou mesmo a carreira dos profissionais envolvidos.


Na versão de Zeffirelli "A MEGERA DOMADA", Catarina recebe uma representação grandiosa de Elizabeth Taylor, com direito a sutis toques de ironia no discurso final numa atuação irretocável junto ao marido Richard Burton, que até hoje é considerada uma das melhores de sua carreira. Vale muito a pena ver a película de 1967.


Ainda engatinhando em Hollywood, Julie Stiles estrelou o sucesso "10 COISAS QUE EU ODEIO EM VOCÊ", uma versão jovem e repaginada na qual contracenou com o saudoso Heath Ledger. Transbordando anos 90, esse filme já virou um clássico adolescente e Julia como a anti-social "Cat" ainda hoje é lembrada com muito carinho.


"Jura, jura..." Quando esse samba começa a tocar imediatamente me vem à cabeça imagens de um casal brigando em preto e branco. Dirigida pela "mão de ferro" de Walter Avancini, Adriana Esteves deitou e rolou no texto delicioso de Walcyr Carrasco em "O CRAVO E A ROSA", deixando sua marca entre juras, arremesso de vasos (ou qualquer objeto quebrável) e rugidos felinos dentro da ótima química com Eduardo Moscovis.


#ShakespeareÉVida    #Abraçaço

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

DICA DO TAND: FILMES SOBRE ESCRITORES

E aí, galera da web! Tudo bem? Espero que sim. Hoje eu vim aqui pra dar algumas dicas de filmes que falam sobre nós, nobres e mortais criaturas que adoramos dedilhar sobre um teclado de computador, não desperdiçamos lápis e folha de papel, e fazemos das palavras nosso maior remédio para tudo. Somos nós: Os Escritores.
Divirta-se!


O ILUMINADO
Esse é de arrepiar. Qualquer elogio é pouco pra essa obra prima de Stanley Kubrick, baseada no livro imortal do mestre Stephen King. Durante o inverno, um escritor (Jack Nicholson) é contratado para ficar como vigia em um hotel no Colorado e vai para lá com a mulher (Shelley Duvall) e seu filho (Danny Lloyd). Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar problemas mentais sérios e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo que seu filho passa a ter visões de acontecimentos ocorridos no passado, que também foram causados pelo isolamento excessivo de pessoas no hotel.

RUBY SPARKS, A NAMORADA PERFEITA
Todos escritores têm musas. Sejam elas palpáveis ou criação de sua imaginação. Estejam elas em suas camas ou não. Imagina se ela se tornasse de carne e osso? O romancista Calvin (Paul Dano) sofre com perturbador bloqueio criativo que atrapalha o desenvolvimento de seu último livro. Com problemas também em sua vida pessoal, começa a criar uma personagem feminina poderia se apaixonar por ele. Daí nasce Ruby Sparks (Zoe Kazan), que inicialmente é uma personagem dentro de uma história, mas que pouco depois ganha vida e passa a conviver e se relacionar com Calvin pessoalmente.

ADAPTAÇÃO
Adoro esse. A direção é do Spike Jonze, mesmo diretor de Quero Ser John Malkovich. Charlie Kaufman (Nicolas Cage) precisa de qualquer maneira adaptar para o cinema o romance “The Orchid Thief”, de Susan Orlean (Meryl Streep). O livro conta a história de John Laroche (Chris Cooper), um fornecedor de plantas que clona orquídeas raras para vendê-las a colecionadores. Porém, além das dificuldades naturais da adaptação de um livro em roteiro de cinema, Charlie precisa lidar também com sua baixa autoestima, sua frustração sexual e ainda Donald, seu irmão gêmeo que vive como um parasita em sua vida e sonha em também se tornar um grande e famoso roteirista. É realmente ótimo um filme.

JANELA SECRETA
Johnny Depp antes da "overdose" Tim Burton. Morty Rainey (Depp) é um sujeito que se afundou na bebida, perdeu a mulher, não consegue escrever nada decente há algum tempo e leva uma vida bem mais ou menos, num isolamento que não pode ser saudável. Quando tudo parece ruim o bastante, um sujeito chamado John Shooter (John Turturro) aparece na porta da sua casa para acusa-lo de plagiar a sua história e desencadeia uma série de eventos estranhos. Também baseado numa obra de Stephen King.

SHAKESPEARE APAIXONADO
Divertido, ganhou inclusive o Oscar de Melhor Filme além de outros seis. O jovem astro do teatro londrino William Shakespeare (Joseph Fiennes) sofre de bloqueio criativo e não consegue escrever sua peça. Um dia, ele conhece Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow), uma jovem que sonha em atuar, algo proibitivo no final do século XVI. Para burlar o preconceito e ter sua chance, Viola se disfarça de homem e começa a ensaiar o texto de Will, que começou a fluir e passou a dar vazão ao amor entre os dois. O que eles não contavam era com o casamento arranjado pela família entre Viola e Lorde Wessex (Colin Firth).

AS HORAS
No mínimo interessante. Em três períodos diferentes vivem três mulheres ligadas ao livro "Mrs. Dalloway". Em 1923 vive Virginia Woolf (Nicole Kidman), autora do livro, que enfrenta uma crise de depressão e idéias de suicídio. Em 1949 vive Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa grávida que mora em Los Angeles, planeja uma festa de aniversário para o marido e não consegue parar de ler o livro. Nos dias atuais vive Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York e dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com Aids e morrendo.

MISERY, LOUCA OBSESSÃO
Kathy Bates psicoticamente talentosa. O famoso escritor Paul Sheldon (James Caan) sofre um acidente de carro e é socorrido pela enfermeira Annie (Kathy Bates), que afirma ser sua fã número um. Ela o leva para sua isolada casa e cuida de sua saúde, mas um dia acaba tendo acesso aos originais do próximo livro do escritor e descobre que sua personagem predileta será morta. Essa revelação faz com que sua personalidade doentia se revele e Sheldon se vê à mercê das loucuras da admiradora.

DUPLEX
Esse eu defini o abdômen de tanto rir. O Foco não é exclusivamente no escritor, porém retrata um terror que todos temos em comum: quando somos interrompidos por motivos insignificantes. Alex Rose (Ben Stiller) e Nancy Kendricks (Drew Barrymore) formam um jovem casal que tem um sonho de consumo: ter um belo duplex, na cidade de Nova York. Quando eles enfim encontram o apartamento dos seus sonhos, precisam enfrentar um problema: a antiga moradora, uma velhinha simpática, que os incomoda e se recusa a deixar o local. Para conseguir o apartamento e sossego, Alex e Nancy tomam uma decisão radical e decidem matá-la.

GAROTOS INCRÍVEIS
Simples e carismático. Grady Tripp (Michael Douglas) um professor universitário que escreve em suas horas vagas. Atormentado por um bloqueio de escritor, ele descobre que sua amante, Sara Gaskell (Frances McDormand), que casada, está grávida de um filho dele. Além disto, tem que lidar com uma de suas alunas, Hannah (Katie Holmes), que está apaixonada por ele e ajudar um de seus alunos, James (Tobey Maguire), a encontrar uma rara jaqueta que teria sido usada por Marilyn Monroe.

DESCONSTRUINDO HARRY
Woody Allen deve ter uma dúzia de personagens escritores, muitos vividos por ele mesmo. Harry Block (Woody Allen) é um escritor que usa suas experiências amorosas como inspiração para livros e contos, o que não agrada nem um pouco as pessoas ligadas a ele. Convidado para uma homenagem que será feita pela faculdade de onde foi expulso quando jovem, ele se vê sem companhia. Após acompanhar um amigo, Richard (Bob Balaban), em um exame médico, ele aceita viajar com ele como retribuição. Harry convida ainda Cookie (Hazelle Goodman), uma prostituta negra com quem tem um programa na noite anterior da viagem. Prestes a partir, Harry tem a ideia de sequestrar seu filho para que ele possa ver o pai sendo homenageado, mesmo com a mãe dele, Joan (Kirstie Alley), tendo proibido sua viagem.


JOVENS ADULTOS
Mavis Gary (Charlize Theron) saiu da cidadezinha onde morou durante parte da sua adolescência para viver em Minneapolis e ser escritora. E acabou conseguindo escrever uma série de livros baseados num programa de TV, que caiu no ostracismo porque essas coisas são assim mesmo: num dia estão no topo, no outro fica tudo encalhado nas prateleiras. E depois que isso acontece, Mavis não tem absolutamente mais nada na sua vida, já que todos os seus relacionamentos, até com o seu cachorro, são completamente impessoais. Mas mesmo assim ela continua se achando um sucesso. Um sucesso que ela não é mais desde o ensino médio. É tanta vergonha alheia que quero entrar no filme pra dizer "Ei, você já não é mais ninguém na fila do pão, ok?!".
ABRAÇÃO!