terça-feira, 7 de outubro de 2014

O CONDE




Era uma vez...isso é tão clichê, não? Porém, pra mim, não há melhor maneira de se iniciar uma história. Portanto, era uma vez...
Essa não foi a minha avó que contou, eu inventei, espero que fique boa. O Conde, ele morava numa pequena cidade ao sul de um longínquo país. Era inverno, e tudo estava absurdamente gelado. Não havia fogueira que esquentasse o coração amargurado daquele homem. Sempre tão elegante e reservado, preferia a solidão do seu casarão do que socializar no tradicional sarau de inverno. Restringia-se a penas a falar com seus empregados o indispensável. Sempre muito parecido com todos os ancestrais masculinos de sua família, prezava pelo luxo de um livro cult acompanhado de uma taça de vinho. Sua biblioteca era possivelmente uma das mais completas do mundo.
Em contraste gritante, viviam os moradores da pequena aldeia de trabalhadores rurais, camponeses que tiravam seu sustento da terra, que impedidos de trabalhar pela neve, usavam a criatividade e a coragem para driblar a fome. Já faziam vinte e oito dias sem sol, pessoas estavam morrendo, e a maioria não era de frio. Havia morte entre os arbustos da floresta local. O pior de tudo é que a tal atravessava a cidade, pois justamente nela ficava a estrada de ligação entre o centro da cidade, a aldeia, as casas das famílias ricas e as montanhas em cujo território se localizava a mansão do Conde. Resumindo, ou passava por ela no planado limpo da estrada, ou pelos meio dos arbustos.


A última pessoa encontrada ali nas margens foi a filha do Doutor T. que não resistiu aos ferimentos na região pélvica. Aliás, um ferimento em comum que as vítimas femininas tinham. Porém, os poucos homens que morreram lá por aquelas bandas só tinham ferimentos no pescoço e ombros. Seria algo sobrenatural? Alguma criatura ou animal selvagem? Ou mesmo obra de uma mente doente? Pouco se sabe sobre o assunto que permanece em incógnita. Sabe-se da boca popular até hoje, que os aldeões da cidade se juntaram a polícia local para tentar resgatar a filha de um comerciante de sementes. Tida por muitos como a mais bela jovem da região, Matilda, ruiva e farta no auge dos seus 19 anos, foi levada de casa aos berros puxada pelo telhado. Marcas e nem evidências haviam, até que o cachorro farejador chegou da cidade grande mais próxima, para tentar solucionar o caso. Seguindo o bicho, foram levados até o cemitério, que deixou o cão ainda mais empolgado e valente ao ver a reação do grupo de corajosos que se borraram constatando com os próprios olhos os túmulos da vítimas abertos. O grupo se reduziu, poucos permaneceram, a maioria voltou pra casa e tentou se proteger com todo material, arsenal e mandingas possíveis. Não estavam lidando com algo irracional. Então o cão continuou a caçar pistas, e cheirando chegou a solitária mansão do Conde.
E qual não foi a surpresa dos bravos ao verem as vítimas mortas mais vivas do que nunca tomando vinho, Matilda lá estava, ainda linda cantando junto ao pianista que fora morto ao voltar do recital.
- Não querem participar da festa? - A voz do conde ecoou pelo salão principal.
Então, os penetras que pensavam estar bem escondidos, ficaram de toda cor num misto de medo e espanto. De repente, os olhos penetrantes daquelas pessoas pálidas se voltaram para eles. E foi como correr numa esteira, sem sair do lugar. As pernas já não obedeciam mais aos comandos cerebrais.
- Essa é a verdadeira vida! Ninguém conhece o paraíso se não nascer de novo. Tem certeza de que não querem compartilhar conosco? Quem cala consente...
Quando finalmente o sol resolveu aparecer a população se chocou ao ver as cabeças dos corajosos penduradas no cruzeiro da praça onde num banco havia o escrito a sangue: "Renascidos não morrem".

Todas as famílias foram embora dali sem hesitar nem demorar, muitos a pé mesmo, sem carruagem no inverno que já findava. Com o passar dos anos, tudo virou nada, agora não passa de uma cidade fantasma. Mas, há que jure de pés juntos que é possível ouvir de longe quando por ali perto se passa, as vozes, os gritos e o som do piano vindo nitidamente da zona da mansão, essa que o tempo ainda não conseguiu desgastar por inteira. Todos que um dia lá já foram não mais voltaram, inclusive autoridades e investigadores. Pessoas evitam pegar a estrada ao anoitecer, pois temem ser atacados pelos renascidos conforme reza a lenda. Os poucos que se atrevem  aceleram com pé de elefante, devido a crença da existência de uma força que impede dos carros de seguirem viagem. Uma força elegantemente alta e com vestes negras.

É...mistérios da meia-noite!



sábado, 27 de setembro de 2014

AQUELA HISTÓRIA...

 Dedico à todo mundo que possui um coração "real" dotado do sentimento mais nobre.


Era uma vez
uma história bonitinha
Daquelas que se ouve
Na música da caixinha
Havia um bravo príncipe
Cansado de tantas idas
Que um belo dia pôs um rumo na vida
Na floresta a cavalgar
Quase não acreditou
Era a mais bela moça que já avistou
Acenou com seu chapéu
Ela sacudiu o véu
Então seguiu em frente
e o jovem bravo atrás
Chegaram a uma torre alta
Encarando os olhos seus
Os pés da moça algemados ele percebeu
No mesmo instante, sua espada ele sacou
E quebrar a corrente em vão tentou
Era a maldição do verde dragão
Que a moça aprisionara
pra ter amor no coração
Em seus pés feridos a marca do sofrer
Logo não demora até o monstro aparecer

Chamuscando tudo, seu bafo de fogo passou
Mais quente que o deserto a floresta ficou
Prendendo a linda moça ele esbravejou
porém o príncipe não se intimidou
A espada novamente sacou
Despertando humor no dragão que gargalhou
o jovem por justiça clamou, e os poderes da verdade sua espada ganhou
"Vou te destruir!"
"Pois venha, pode vir!"
Em seu cavalo ele lutou, contra as garras do malfeitor
Seu fogo tudo consumiu
Mas o bravo não decaiu
E ao ver as presas do bicho a lhe almejar
Fincou a espada naquele grande maxilar
Que definhando se foi, até cair de vez
Tornando cinza e pó
a malvadeza mor

A princesa se pôs a chorar, de alegria a transbordar
Liberdade, enfim, ser feliz assim
O príncipe recompensou, com um beijaço de amor
Subiram no alazão e no grande castelo viveram uma vida inteira de paixão
Aqui assina um descendente que diz

"Passados tantos séculos, o amor nunca acaba, ele nunca terá fim. No amor se é sempre aprendiz."

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

!Saudade!


"A saudade é a nossa alma dizendo pra onde ela quer voltar." (Rubem Alves)

Saudade, uma palavra que toca. Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular. "Saudade" descreve a mistura dos sentimentos de perda, falta, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".
Toca em coisas que abstratas, talvez nunca nem tenham sido concretas. É um sentimento? Um tipo torturante de pensamento? Uma prisão que impede o viver presente? Quem sabe tudo isso e mais um pouco? Às vezes dói, nesse contexto todos somos um pouco masoquistas. Às vezes ela vem só pra te lembrar que daquilo não vale a pena lembrar. Ela malandrinha desperta até sentimentos que você já havia até se esquecido de como eram, ou nunca tenha experimentado.

É tanta saudade...dos tempos que não voltam mais, da coluna de antes, de dormir na sala e acordar na cama; de amigos que foram estudar fora; de uma época não vivida; da inocência de outrora. Mas, e quando tudo isso vira uma obsessão? Saudade demais vicia e se torna uma ansiedade retrógrada por algo que não mais volta. O tempo é implacável com todos nós. "O passado é uma roupa que já não nos serve mais", já diz a canção.


"O Tempo não pára, só a saudade e que faz as coisas pararem no tempo!" (Mário Quintana)

Vamos ter saudades de coisas que podem ser novamente conquistadas, experimentadas. Façamos novos amigos ou recuperemos o tempo perdido procurando os velhos, e se formos vítimas da indiferença usemos também dela para ignorá-la. Vamos ter saudade de nós mesmos, desse Eu Verdadeiro que se encontra adormecido e dizer "Oi, que bom te encontrar de novo. Espero que tenha vindo dessa vez pra ficar!". Vamos matar a saudade da melhor forma possível!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

!MY PLAYLIST: CLIPES MAIS SEXYS!


Não farei um longa introdução, só digo que aqui o ditado "Sexy sem ser vulgar" não vem na ordem ou simplesmente não existe! Enjoy!

OURO: I'M SLAVE 4 YOU
Um clipe que causa calor, literalmente! Britney Spears não à toa é dona da medalha de ouro nessa matéria. Coreografia extremamente sexual com uma protagonista que consegue ser sexy como poucas cantoras.

PRATA: CAN'T REMEMBER TO FORGET YOU
O que acontece quando duas divas do pop hiper sexys se juntam? O resultado foi tão provocante, que antes de lançar o clipe oficialmente, a colombiana pediu permissão ao marido. #BrigaDeAranhas kkkkkk

PRATA: SATISFACTION
Sexy de qualquer forma. Benny Benassi chamou modelos gatas, com peitões, para usar e brincar com ferramentas de “macho”.

BRONZE: BUTTONS (THE PUSSYCAT DOLLS)
Nicole Scherzinger lidera esse grupo de delícias, que canta tirando a roupa e performando em cadeiras. Demi Moore aprova! #DemiStripTease

TOXIC (BRITNEY SPEARS)
Rebolando do jeito que a cobra o povo gosta, a Princesa do Pop brinca com as fantasias encarnando uma Aeromoça ninfomaníaca.

FUCKED UP WORLD (THE PRETTY RECKLESS)
E quem diria que a loirinha Taylor Momsen trocaria a vida de estrela teen pelos vocais de uma banda de rock? Uma escolha mais que certeira. Clipe com alto teor sexual. #ColaçãoDeVelcro kkk

SEXY BACK (JUSTIN TIMBERLAKE)
Dando uma de James Bond, Timberlake embarca num roteiro que exala sensualidade da batida da música até os vocais. Um clipe com ótimo roteiro.

PARTITION (BEYONCÉ)
Aí atestamos porque Jay-Z é o cara mais sortudo do mundo. Falo nada mais.


WICKED GAME (JASON ISAACS) Obra de arte. Música e imagens casam com perfeição.


JUSTIFY MY LOVE (MADONNA) A Rainha do Pop não fica de fora com esse vídeo quase "orgásmico".


BABA BABY (KELLY KEY) Nossa representante brasileira. Que Imitta Anitta que nada! No clipe, Kelly mexe com a cabeça de Marcelo Novaes (Sim, esse cara já foi galã) assim como "alegra" os cuecas do Brasil inteiro.


BÔNUS:

!SURPRESA - CLIQUE AQUI!!!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

!Um Novelão Imperatrizense!



O fim de semana se aproxima e com ele vem duas perspectivas extremas: Ferveção ou Tédio. Pra você que cansou de assistir novelas onde só se muda o título, eis que surge uma ótima opção pra lá de descontraída. A Companhia de Teatro Okazajo reapresenta o seu mais novo sucesso. Dona de um público fiel, contará novamente no palco do Ferreira Gullar a saga de Maria e Victória.

AVENIDA DORGIVAL, é uma história de vingança que traz da obra global apenas o título que busca homenagear através do trocadilho a cidade de Imperatriz. O texto escrachadamente inspirado de Rogério Benício cria uma atmosfera cômica tão boa, que nos faz rir até das piadas mais bobas. A trama centrada no plano de vingança de Maria contra Victória, aquela que lhe roubou tudo e a mandou para atrás das grades tem boas reviravoltas como manda a lei dos novelões de suspense, que aliás, é um gênero que necessita ser mais explorado pela companhia, uma vez que essa demonstra toda a sua versatilidade mesmo dentro do humor.

Entre os temas abordados estão a homossexualidade no meio evangélico (absurdamente fanático, diga-se de passagem #QueimaSenhor), a troca de bebês, falsidade, filhos problemáticos, uma festa reveladora e claro, duas barraqueiras típicas da cidade. O grande trunfo do espetáculo é realmente seu elenco, que cada vez mais dedicado, caminha rumo ao profissionalismo. Merecidas palmas à Raul Mesquita, que nos prova porque fazia tanta falta nas peças anteriores e à Evaldo Lima pela criação de um tipo que todos acham ser mais fácil quando é justamente o contrário, uma vilã cômica.

Enfim, pra atestar toda a eficiência do Okazajo em fazer rir, é preciso ir ao Teatro Ferreira Gullar e ver a causa das filas dobrarem o quarteirão quando se tem uma montagem deles em cartaz. Muita "Merda" à todos sempre.
Abraço.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

!ENFIM, BOAS (RE) ESTREIAS!



Início do segundo semestre de 2014 e a Globo resolveu botar pra lascar mais uma vez, assim como em 2012. A Estreia de IMPÉRIO não podia ser mais conveniente e necessária. A trama de Aguinaldo Silva não faz feio e consegue apagar o que já era por demais insosso, a fatídica EM FAMÍLIA do grande cronista Manoel Carlos. A última Helena encontrou em Júlia Lemmertz uma ótima intérprete, porém não vingou, e a trama mesmo com ótimos diálogos e elenco foi um verdadeiro fiasco.

De volta ao horário que lhe consagrou, Aguinaldo Silva nos traz um novo folhetim, cheio das características do antigo e infalível novelão. A disputa pelo trono (de ferro hahah #GOT) de um império é o esqueleto da trama que já se mostra muito bem aceita por público e crítica. Entre as boas atuações do elenco que mistura veteranos de peso e novatos promissores, Chay Suede foi uma grata surpresa na primeira fase, dividindo os louros com a sempre competente Marjorie Estiano que brilhou em sua passagem, dando lugar agora à arrebatadora Drica Moraes. Vale a pena conferir.

Já às 23:00 você já tem programa irrecusável. Um festa pra lá de arromba garante bons momentos de tensão. O quebra cabeças escrito por George Moura e Sérgio Goldenberg, livremente inspirado na obra homônima setentista de Bráulio Pedroso, agrada e muito os fãs de séries americanas dispostos a reconsiderar a dramaturgia nacional. Um assassinato é o motim que dá origem ao REBUliço dos mais sofisticados. Uma fotografia indigna de qualquer crítica, elenco escolhido a dedo e cronologia complexa dão o charme à produção carioca. Recomendo, mas se você não acompanhou o início ficará um tanto perdido.

"A Discoteca voltou!". Assim anuncia a chamada de BOOGIE OOGIE a nova atração das 18:00 que de primeira já me ganhou pela trilha sonora animada e o visual colorido. Com a reprise de DANCIN DAYS bombando no viva, o autor português Rui Vilhena integra o time titular da globo, nos trazendo clichês e inovações no que diz respeito a trama e sua produção, respectivamente. Marco Pigosi e Ísis Valverde vão exalar química nos próximos meses. Aos saudosistas de plantão, é bom assistir e deixar o John Travolta adormecido despertar em cada um. Vestida de lurex sob a luz do globo de espelhos, BOOGIE OOGIE veio sacudir seu fim de tarde.


Por fim é bom falar de coisa boa e até que enfim: COBRAS & LAGARTOS voltou! Foguinho, Leona, Ellen e cia substituem com êxito a bem sucedida CARAS & BOCAS. Se você curte agilidade e um texto com diálogos recheados de humor ácido, a trama de João Emanuel Carneiro é uma ótima pedida. Mesmo "mutilada" pelo Ministério da Justiça por questões de piadas e insinuações impróprias a faixa vespertina, ainda é o maior barato assistir à críticas sociais desbocadas num país onde a censura consegue ser tão hipócrita.

Abração!

É PRECISO DIZER ADEUS...




Ouça, meu amor
Não chore mais por mim
Sei que tudo está difícil
Mas, ainda não é o fim

Não sinto mais seu calor
Nem sei pra onde devo ir
A saudade é gritante
Por isso estou aqui
Assim, tão perto e tão longe
Você se pergunta "onde"?
Escute a voz do coração
E então descobrirá
Que no meio dessa escuridão
O amor sempre brilhará


Ouça, meu amor
Já não temas mais
Viva o agora
E deixe o passado atrás
Acredite em mim
E deixe o tempo te curar
Quando tudo isso passar
O sol de novo vai raiar

Odeio te ver triste assim
Odeio o invisível entre você e eu
Mas na vida a gente aprende

Que é preciso dizer adeus.

domingo, 1 de junho de 2014

!ESSE EU VI: "MALÉVOLA"!




"Não existe somente bem e mal, preto e branco. A vida é muito mais que isso, ela é cheia de possibilidades". (Angelina Jolie)


Com essa frase inspiradíssima eu começo a dissertação sobre o filme que vi neste domingo: Malévola. Releituras com novas versões de histórias clássicas vem ganhando força no cinema de uns tempos pra cá. Já foi a Chapeuzinho, a Branca de Neve, e agora, a Bela Adormecida. Uma das mais esperadas estreias de 2014 chega à telona com força total e esbanjando todo o Sex Appeal de Angelina Jolie, que interpreta a personagem título.

Não tem pra ninguém, o filme é da moça. Mais uma vez provando não ser só um rostinho bonito, a "Srª Pitt" transborda talento ao encarnar uma das maiores vilãs de clássicos da Disney, porém a proposta do filme é realmente pôr em debate a índole da personagem, mostrar seu passado e uma outra vertente da história já conhecida. Malévola, a protetora do reino dos Moors. Desde pequena, esta garota com chifres e asas mantém a paz entre dois reinos diferentes, até se apaixonar pelo garoto Stefan. Órfão camponês que ambiciona o trono do palácio apesar do berço onde nasceu haver virado as costas para seu sonho, e ignorando toda a história de conflitos que separa seus povos, por ele se apaixona. Porém, ela sequer desconfia dos planos gananciosos de Stefan que, tendo decepado as asas da fada, enfim assume o trono.
A Cena do batizado
Magoada e fragilizada, Malévola expulsa os cravos do seu coração e com eles cria a parede de espinhos que protege dos humanos a floresta mágica, agora tomada da mesma escuridão que desvirtua a protagonista.
A Malévola do clássico de 1959
Entretanto, é ao saber do nascimento da filha do rei, Aurora (Fanning), que Malévola põe em prática sua vingança e a amaldiçoa ao sono eterno logo após completar 16 anos. Sob a proteção de três fadas (Staunton, Manville e Temple), Aurora amadurece aos olhos de Malévola que, surpreendentemente, afeiçoa-se da adorável princesa a ponto de tentar revogar sem sucesso a maldição lançada. Enquanto isso, o obcecado Stefan organiza um ataque definitivo à floresta… que nunca acontece.
A direção está interessante e bem devota de Jolie que, aliás, quando não está exibindo-se sensualmente de boca entreaberta e desfilando o figurino caprichado, abraça tantos sentimentos díspares (deboche, ressentimentos, dor, sofrimento, arrependimento etc) e os expressa com rigor matemático  impressionante. É difícil prestar atenção em outra coisa quando se tem aquele bocão te "seduzando" ainda que seja involuntariamente.
Elle Fanning
Elle Fanning (que ainda sofre com o estigma de ser "a irmã da Dakota Fanning") faz o que pode com o papel raso da princesa inocente, mas demonstra as características que fazem dela uma das promessas da nova geração. Algumas coisas me deixaram meio, sei lá... tipo: Porque uma garota doce, prestativa e benevolente teria o nome de Malévola ainda criança? Tudo bem que ela tem chifres e tals, mas.... Melhor não procurar cabelo em ovo. E o Rei Stefan, passou 16 anos tramando vingança contra a Fada "má" pra no clímax aparecer só com uma rede e três dúzias de escudo de ferro...Tipo, oi? Vale ressaltar também o ótimo tema "Once Upon a Dream", que ficou melancolicamente macabro na linda voz de outra boca sexy, Lana Del Rey.
Malévola é uma ótima diversão e oportunidade pra ver a triunfal volta de Jolie depois do hiato de quatro anos. O cinema está virando um lugar de retóricas vazias, todo mundo se acha crítico, inclusive eu. Porém, é melhor seguir ao pé da letra a real intenção da sétima arte, o nome já diz: "ENTRETENIMENTO".

domingo, 11 de maio de 2014

!OKAZAJO - A PODEROSA DO HUMOR!


Querer, poder e conseguir. Essa foi a principal mensagem deixada nas entrelinhas do novo espetáculo da CIA DE TEATRO OKAZAJO. Intitulada "LUA DE CRISTAL - A XUXA DO FORRÓ", a peça mistura o famoso filme da Rainha dos Baixinhos com o toque Imperatrizense da "BANDA BAETZ", aqui satirizada pela "BANDA PEQUI COM MACAÚBA". O jeito Okazajo de fazer comédia todo mundo já conhece, porém o diferencial mesmo esteve na originalidade da forma como o diretor geral Rogério Benício conduziu a narrativa e seu elenco, que aliás, deu um banho de humor e simpatia, usando principalmente recursos do teatro de improviso a seu favor.
Elenco reunido.
A história contada é basicamente a saga de Maria da Graça (Rafael Pirangi), uma moça humilde e sonhadora que almeja um dia ser cantora de sucesso. Para isso, ela sai de Amarante em busca de novas oportunidades, morando de favor na casa da tia malvada em Imperatriz. Em suas desventuras ela conhece Bob (Yago Cortez), um garçom gente fina que a ajuda a conquistar seus sonhos; os dois se apaixonam. 

Em meio a isso tudo,a BANDA PEQUI COM MACAÚBA passa por uma crise interna ocasionada por brigas entre as dançarinas Katriana e Rosiandy (interpretadas pelos ótimos Whallassy Oliveira e Rogério Benício, respectivamente) e o plano de se ter uma nova vocalista. Raphael Pinto (Lúh Brasil) e Evaldo Lima (Kelen) também estiveram muito bem. Ainda nesse núcleo, o fã-clube tresloucado da banda arrancou altas gargalhadas; destaque para a "gordinha" de Thales Melo.
Whallassy Oliveira e Rogério Benício
Teatro Ferreira Gullar, lotado.
De forma natural e competente tudo flui bem. É nítida a preocupação com todos os quesitos do espetáculo e a dedicação de cada um com a proposta de entreter (vide figurino e iluminação). Teatro é isso, a arte de fazer rir, chorar, de ser ridículo, brincar de vida e fazer um mundo acontecer assim que as cortinas se abrirem. Imperatriz precisa valorizar mais o teatro. Tem gente que ignora e se já não bastasse isso, há ainda os que maldizem...por não gostarem, ou por não terem capacidade de fazer melhor, ou mesmo por pura inveja. Barulho é sempre bom, mas a recompensa da casa cheia e satisfeita é melhor ainda. Por isso eu digo, vá ao teatro, prestigie estes artistas que fazem de tudo para manter viva na cidade essa arte milenar! "Okazajianos", eu os admiro e muito, vocês tem o meu respeito. Assim se faz teatro, com garra, com determinação; Os espinhos sempre existirão, mas não impedem de vencer os que tem coragem e sonham com o coração. Quisera eu um dia fazer parte de algo tão grandioso como essa eterna luta contra as formas de preconceito e desvalorização da cultura local, que é o teatro Okazajo na cidade. Este espetáculo é um presente caprichoso com todo o "PADRÃO OKAZAJO DE QUALIDADE", por isso assista, com certeza será reapresentado pois, tudo o que é bom o povo pede bis.



Muito Obrigado! Abraçaço.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

"TEM ALGUÉM AÍ?" !OS MELHORES SLASHER MOVIES!


Sarah Michelle Gellar em cena de "Pânico 2". Uma das mortes mais marcantes da série.


Você já ouviu falar de Slasher Movie?
"Hã?, como assim? Mas, que porra é essa?"
Leia esta matéria e descubra!

Slasher Movie  é um sub-gênero de filmes de terror quase sempre envolvendo assassinos psicopatas que matam aleatoriamente. Pecando em vários sentidos em sua produção tanto no roteiro quanto na atuação, edição, fotografia, música e envolvendo muito sangue. Normalmente são feitos com baixo orçamento, daí são constantemente nomeados como "terror b". O nome "slasher" foi criado porque o princípio básico do filme é um serial killer com uma máscara ou fantasia que vai coletando vítimas e mais vítimas ao longo do filme, até ser revelada sua identidade misteriosa pelo protagonista que, após fugir o filme inteiro, acaba matando o vilão. Desde quando Norman Bates esfaqueou Marion Crane durante o banho em Psicose (1960), gerando para alguns estudiosos o primeiro slasher do cinema, o público se demonstrou fascinado por histórias macabras que envolvem psicopatas. Com o decorrer do tempo, o sub-gênero foi se transmutando, gerando variações e se adaptando a sua época.
Muitos filmes se destacaram ao longo dos anos desde que o gênero se submeteu. Tendo como precursor o clássico "Halloween - A Noite do Terror", de John Carpenter, trazendo consigo todo o potencial dos filmes e seus clichês. Esses filmes foram surgindo no meio da década de 70, caracterizando um novo modo de fazer cinema, com padrões geralmente bem definidos (alguns sendo grandes clichês), de uma pessoa ou grupo fugindo o filme quase inteiro e no final se revoltando e lutando com o assassino. Desse conceito de sobrevivência nasceram as "Final Girls" e posteriormente foram listadas as regras dos filmes de terror, assuntos dos quais iremos falar posteriormente nesta mesma matéria.
Particularmente, é um sub-gênero dentro do terror pelo qual eu tenho um grande apreço, não só por me causar sensações que vão do riso a aflição, mas também porque a maior parte desses filmes eu vejo com amigos. Sendo assim, fica impossível da "zuera" não reinar enquanto fazemos o "Zé Wilker" (Saudoso) comentando inspiradamente cada take da película. Então, vamos ao que interessa! A partir de agora eu vou fazer uma breve listinha em ordem classificatória dos melhores Slashers, segundo meu crivo, apresentando sinopse, assassino e Final Girl. Logo após, o manual do "Slasher Movie".
OBS: FINAL GIRL É AQUELA GAROTA QUE SEMPRE SOBREVIVE, OU PELO MENOS SE MANTÉM VIVA ATÉ O FINALZINHO DO FILME. ÁS VEZES ELA MORRE EM SEQUÊNCIAS SEGUINTES.

1º - HALLOWEEN - A NOITE DO TERROR (1978, JOHN CARPENTER)
"Na noite de Halloween, aos 6 anos de idade, Michael assassina brutalmente sua irmã, Judith Myers, após a mesma ter relações sexuais com o namorado na ausência dos pais. Por este ato, é enviado ao Sanatório Smith's Groove, em Illinois, onde permanece por exatos 15 anos. Fugindo do sanatório, Myers volta à sua cidade natal na noite de halloween de 1978 para terminar o que começou e matar sua outra irmã, Laurie. Em sua busca, ele comete vários assassinatos e perturba a paz da sua antiga vizinhança". Este foi o precursor do gênero.
FINAL GIRL OFICIAL: Laure Strode, interpretada por Jamie Lee Curtis. Pela sua atuação,Curtis ganhou o título de "Rainha das Final Girls". É valente e ao longo da franquia vai se graduando na arte de fugir de Michael Myers. Presente em: Halloween, Halloween 2, Halloween 20 anos depois.


2º - PÂNICO (1996, WES CRAVEN)
Um serial killer, fanático por filmes de terror, vem assustando cada vez mais uma pequena e pacata cidade do interior da Califórnia em1996 ao assassinar brutalmente os jovens da cidade. Primeiro, ele telefona para alguém fazendo perguntas sobre filmes de terror. Se a vítima errar a resposta, ele depois invade a casa dela e mata-a a facadas. O problema é que ninguém sabe quem pode ser o assassino, já que ele usa uma máscara de fantasma (Ghostface) e um facão para abrir suas vítimas de cima a baixo. Em uma das tentativas do assassino, este falha ao tentar matar a jovem Sidney Prescott, que sobrevive por muita sorte. A partir daí, o assassino passa a ficar obcecado por Sidney e passa a tentar matá-la constantemente. A mãe de Sidney havia sido assassinada 1 ano antes, da mesma forma que os amigos de Sidney estão sendo assassinados agora. Talvez até haja uma ligação do assassino da mãe de Sidney com o atual assassino...
FINAL GIRL OFICIAL: Sidney Prescott, interpretada por Neve Campbell que já era ídolo teen na época de lançamento do longa. Adora dar "olé" no Ghostface e é muito esperta. Presente em todos os filmes da série.
OBS: Em cada filme da franquia o assassino é uma pessoa diferente, cada qual com seu motivo particular de tocar o terror. Todos sempre usam a mesma fantasia.

3º - A HORA DO PESADELO (1984, WES CRAVEN)
"Um grupo de adolescentes tem pesadelos horríveis, onde são atacados por um homem deformado com garras de aço. Ele apenas aparece durante o sono e, para escapar, é preciso acordar. Os crimes vão ocorrendo seguidamente, até que se descobre que o ser misterioso é na verdade Freddy Krueger (Robert Englund), um homem que molestou crianças na rua Elm e que foi queimado vivo pela vizinhança revoltada. Agora Krueger pode retornar para se vingar daqueles que o mataram através do sono". O filme é um dos mais conhecidos quando se fala de terror, e possui, talvez, o vilão mais icônico e adorado do gênero.
FINAL GIRL OFICIAL: Nancy Thompson, interpretada por Heather Langenkamp. Inteligente e criativa. Presente em: A Hora do Pesadelo; A Hora do Pesadelo - Os Guerreiros dos Sonhos; O Novo Pesadelo - O Retorno de Freddy Krueger
OBS: Curiosamente, os filmes em que Heather está presente são os melhores e assustadores, assim como acontece com Jamie Lee Curtis em "Halloween".


4º - O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA (1974, TOBE HOOPER)
Em 20 de agosto de 1973, a polícia foi chamada à remota quinta da família Sawyer, onde funcionava o matadouro local do distrito de Travis, no Texas. Foram encontrados no interior da misteriosa casa os restos de 33 vítimas humanas, uma descoberta assustadora que chocou e aterrorizou a nação, e que muitos ainda consideram o mais famoso caso de assassinato em massa de todos os tempos. Usando uma grotesca máscara feita a partir da pele do rosto de suas vítimas e usando uma motosserra, o assassino, conhecido como "Leatherface" (face de couro), virou manchete dos jornais do estado com o título A Casa do Terror Horroriza uma Nação – Massacre no Texas. As autoridades locais teriam matado um homem que usava uma máscara de couro e afirmando que ele seria o assassino, fechando o caso, subitamente. Entretanto, nos anos que se seguiram, muitas pessoas ligadas à chacina acusaram a polícia de fazer uma péssima investigação e de saber, de antemão, que haviam matado o homem errado. Agora, pela primeira vez, sobrevivente do assassinato em massa quebrou o silêncio e contou a verdadeira história sobre o que aconteceu numa estrada rural desértica do Texas, quando um grupo de cinco jovens, inadvertidamente, se viu cercado por um louco com uma motosserra.
FINAL GIRL OFICIAL:  Sally Hardesty, interpretada por Marilyn Burns, que ficou conhecida como "Rainha do Grito". Sua interpretação na última cena do longa é memorável (!!!). Adora correr e gritar, também pudera, né? Presente somente neste primeiro filme (que na minha opinião é o único que presta).


5º SEXTA FEIRA 13 (1980,  Sean S. Cunninghan)
Depois de muito tempo fechado, alguns monitores vêm passar uns dias no local que por muitos ficou conhecido como o "Acampamento Sangrento". Ignorando os avisos, eles preferem se divertir e passar o final de semana cantando e fazendo amor. Mas não esperavam que alguém fosse brincar de "Mate o Monitor". Assim, um por um eles vão morrendo sem que os outros descubram. No primeiro longa, Jason não é o responsável pelos assassinatos e sim sua mãe, a Senhora Voorhees que se vinga da morte do filho que morreu afogado no lago do acampamento, enquanto os monitores responsáveis estavam transando. Por conta dessa negligência ela assassina todos que ali estavam, e agora quando reaberto o espaço natural Crystal Lake para uma nova temporada de camping, ela novamente toca o terror, porém, tem a sua cabeça decapitada pela sobrevivente. Com a morte da mãe, Jason volta do além para assumir o posto pelo qual ficou marcado nas telonas! Com seu afiado facão, ele passa a perseguir por puro ódio os adolescentes mais devassos do cinema, e até mesmo os mais castos no restante das continuações.
FINAL GIRL OFICIAL:  Alice Hardy, interpretada por Adrienne King. É desconfiada e corre bem (quase uma queniana). Existem outras, porém Alice é a mais emblemática da série composta de 12 filmes. Presente em: Sexta Feira 13; Sexta Feira 13 - Parte 2.

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Esses são os Slashers que eu mais curto. Óbvio que existem outros como, "Brinquedo Assassino" (sim, o Chuck mesmo!) e "Eu sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado", porém esses tem um lugar mais especial dentro dos meus critérios em relação ao sub-gênero.



Manual do Slasher Movie: Com o passar do tempo ele foi se renovando junto com o seu gênero. Basicamente essas são as regras citadas inclusive em todos os filmes da franquia "Pânico"...

PÂNICO:
Regra 1- Você não vai sobreviver se fizer sexo.
Regra 2- Você não vai sobreviver se beber ou usar drogas.
Regra 3- Você não vai sobreviver se falar “Volto já”.
Regra 4- Todo mundo é suspeito.
Regra 5- Você não vai sobreviver se perguntar “Quem está aí?”
Regra 6- Você não vai sobreviver se sair para investigar um barulho estranho.

PÂNICO 2: 
Regra 1- O número de mortes é sempre maior no segundo filme.
Regra 2- As cenas de morte sempre são muito mais elaboradas, com mais sangue e violência.
Regra 3- Nunca, sob qualquer circunstância, assuma que o assassino está morto.

PÂNICO 3:
Regra 1- O assassino tem que ser sobre-humano – esfaquear ou atirar não será suficiente para acabar com ele.
Regra 2- Todo mundo, até o personagem principal, pode morrer.
Regra 3- O passado voltará para assombrar. Qualquer ação cometida no passado pode voltar e pode te destruir.
Regra 4- No terceiro filme de trilogias, tudo pode acontecer.

PÂNICO 4:
Regra 1- As mortes têm de ser mais radicais.
Regra 2- O inesperado é o novo clichê.
Regra 3- Virgens podem morrer.
Regra 4- O assassino tem de filmar as mortes.



É isso aí, galera. Espero que tenham curtido! Até a próxima, e...tenham bons sonhos! Abração.