segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

VOU SENTIR SAUDADES: American Horror Story – COVEN



Logo nas chamadas e teasers promocionais eu me apaixonei e como já conhecia a série, criei grandes expectativas pra essa temporada, ainda mais que ela trazia a telinha um tema que eu curto desde sempre: Bruxas. Intitulada COVEN (tradução: Clã), a terceira temporada de AHS teve de tudo um pouco. 

Dessa vez, os criadores Ryan Murphy e Brad Falchuk resolveram apostar na força e carisma das descendentes do julgamento de Salém e acertaram em muitos quesitos, como: texto bem construído e recheado de ironia, direção com atmosfera mística e o elenco já conhecido, porém nada saturado. Fomos avisados de que esta seria uma temporada mais “leve” e realmente foi se comparada à anterior (Asylum), porém as entrelinhas revelavam filosofias macabras de reflexão sobre as coisas mais simples da vida, como exemplo, o simples ato de respirar. Há quem diga: “Mas, não era pra assustar?”. Não, o objetivo não é assustar. Provocar medo é uma atribuição exclusiva do gênero TERROR, que se opõe diretamente ao HORROR, que tem como objetivo chocar na maioria das vezes por meio de atitudes das personagens.

A história começa com Fiona (Jessica Lange, sempre ótima) lutando para superar a velhice. Ela é a líder do clã residente na Academia Robichaux, em Nova Orleans, dirigida pela filha dela, Cordelia (Sarah Paulson, sua linda). Fiona é a Suprema do clã, a mais poderosa, e com o passar do tempo, conforme a velhice lhe toma, seu título deverá ser passado para outra bruxa do grupo. Ela, movida pela vaidade e pelo orgulho, não quer “passar a faixa” e quando retorna para matar sua substituta, desestrutura ainda mais o já esmigalhado clã que devia estar liderando.


Coven contou de forma honesta e crua uma história sobre o veneno chamado poder. Não darei spoilers, muito menos detalhes do último episódio, pois tem muita gente que merece assisti-la. Sou suspeito pra dizer, porque sou fã de textos de humor ácido, negro e com muitas referências culturais. Sim, COVEN teve consideráveis deslizes, como toda série tem, mas nada que comprometesse a qualidade final do produto. Com um correto e coeso final, de um jeito ou de outro, COVEN foi um feitiço ao qual ninguém passou despercebido. Abraço!