Logo nas chamadas e teasers
promocionais eu me apaixonei e como já conhecia a série, criei grandes
expectativas pra essa temporada, ainda mais que ela trazia a telinha um tema
que eu curto desde sempre: Bruxas. Intitulada COVEN (tradução: Clã), a terceira temporada de AHS teve de tudo um
pouco.
Dessa vez, os criadores Ryan Murphy e Brad Falchuk resolveram apostar na
força e carisma das descendentes do julgamento de Salém e acertaram em muitos
quesitos, como: texto bem construído e recheado de ironia, direção com
atmosfera mística e o elenco já conhecido, porém nada saturado. Fomos avisados
de que esta seria uma temporada mais “leve” e realmente foi se comparada à
anterior (Asylum), porém as entrelinhas revelavam filosofias macabras de
reflexão sobre as coisas mais simples da vida, como exemplo, o simples ato de
respirar. Há quem diga: “Mas, não era pra assustar?”. Não, o objetivo não é
assustar. Provocar medo é uma atribuição exclusiva do gênero TERROR, que se
opõe diretamente ao HORROR, que tem como objetivo chocar na maioria das vezes
por meio de atitudes das personagens.
A história começa com Fiona (Jessica Lange, sempre ótima)
lutando para superar a velhice. Ela é a líder do clã residente na Academia
Robichaux, em Nova Orleans, dirigida pela filha dela, Cordelia (Sarah Paulson,
sua linda). Fiona é a Suprema do clã, a mais poderosa, e com o passar do tempo,
conforme a velhice lhe toma, seu título deverá ser passado para outra bruxa do
grupo. Ela, movida pela vaidade e pelo orgulho, não quer “passar a faixa” e
quando retorna para matar sua substituta, desestrutura ainda mais o já
esmigalhado clã que devia estar liderando.
Coven contou de forma honesta e crua uma
história sobre o veneno chamado poder. Não darei spoilers, muito menos detalhes
do último episódio, pois tem muita gente que merece assisti-la. Sou suspeito
pra dizer, porque sou fã de textos de humor ácido, negro e com muitas
referências culturais. Sim, COVEN
teve consideráveis deslizes, como toda série tem, mas nada que comprometesse a
qualidade final do produto. Com um correto e coeso final, de um jeito ou de
outro, COVEN foi um feitiço ao qual ninguém passou despercebido. Abraço!