quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ESSE EU VI: "INVOCAÇÃO DO MAL"



Susto atrás de susto. Domingo (15/09), minha irmã, dois amigos e eu fomos assistir à estréia cinematográfica do fim de semana. "INVOCAÇÃO DO MAL", que chegou nas telonas em plena sexta feira13, realmente invoca o que há de malígno na mente do espectador e faz com que ele saia do cinema chocado e com a respiração ofegante, desde que todos sejam como eu que não consigo assistir um filme apenas por fazer, eu preciso entrar na história e me colocar no lugar dos personagens, para poder aproveitar cada segundo das sensações que a película pode me oferecer.

O filme, que já foi visto por mais de 336 mil pessoas, baseado em uma história real Carolyn e Roger Perron (Lili Taylor e Ron Livingston) moram com suas cinco filhas em uma casa de campo nos Estados Unidos. A família - que havia acabado de se mudar para a residência - logo percebe algo de errado. Aparições, barulhos inexplicáveis e objetos se movendo sozinhos os levam a procurar a ajuda do casal de investigadores Ed e Lorraine Warren (Patrick Wilson e Vera Farmiga) na investigação do que se tornaria o caso mais assustador de suas carreiras. As famílias assombradas por espíritos já estão no cinema norte-americano desde "Terror em Amityville", de 1979, e foram exploradas à exaustão pelos longas de horror orientais. A fórmula tem em "INVOCAÇÃO DO MAL" um de seus mais bem executados exemplares.O diretor James Wan, responsável pela sádica franquia "JOGOS MORTAIS", imprimiu mais uma vez a sua marca: o suspense, que é usado de forma genial, ao invés de apelar para o clichê como esperado, já que o tema é saturadíssimo. É um filme que ganha pela sua história consistente e bem conduzida, a dramaticidade é super bem defendida pelo ótimo elenco. A fotografia é belíssima, com um tom sépia que combina com a época setentista.
Sem concorrentes fortes ou à altura, ele pode se transformar facilmente no terror do ano (ainda que eu o considere um "suspensão"), mesmo que venham outros até o final desse semestre. "INVOCAÇÃO DO MAL" transforma fórmula desgastada em sustos originais, que são capazes de arrancar arrepios, mini-infartos, gritos e pulos da poltrona até dos que se dizem mais fortes. Nunca vou me esquecer de algumas cenas que mexeram muito comigo e com uma garota que estava ao meu lado, que gritava e pulava feito louca!

Além dos elementos chave, como portas batento, blackouts, e vultos, o filme também conta com a presença ilustre de uma boneca chamada Anabelle: pense numa boneca que me causou desconforto só de olhar! Que coisa demoníaca, parece que ela está lendo tua mente! E olha que ela nem tem nada demais no rosto, mas é que você sente uma presença horrível naquele objeto supostamente "inanimado"... e detalhe, ela é REAL! Aliás, tudo no filme foi REAL! É só pesquisar na internet que você acha todas as informações sobre o caso da família Perron, o que não dispensa a apreciação da película, o que eu aconselho que você faça no cinema, pois em casa fica tudo mais tenebroso... ah, sei lá! Você que sabe (risos). 

Pra você ver o quanto esse filme mexeu comigo que sou um fã do gênero e vejo filmes com frequência sem obter qualquer reação diferente do normal. Outra coisa que me impressionou muito foi a forma natural e verdadeira com que o diretor tratou o caso na hora de transformá-lo em uma obra audiovisual. Ele poderia muito bem enxer o roteiro de efeitos especiais e sustos fáceis e previsíveis, porém optou aproveitar o belo material que tinha nas mãos (o FATO REAL - repare que eu estou deixando um sobreaviso pra quem vai assistir rs) e apostar na história bem trabalhada e atrativa do começo ao fim. A diferença de "INVOCAÇÃO DO MAL" está em distinguir o fácil do natural e utilizar o segundo com criatividade, eficiência e respeito à inteligência do espectador.
ASSISTA! #FICAADICA. Abração, galera!