quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ESSE EU VI: !ELYSIUM!


Um olhar sensível sobre a realidade possivelmente não tão distante assim.  Se você é daqueles que adora uma ficção científica regada de ação, drama e uma pitada de humor, eu super recomendo que veja ELYSIUM. A nova superprodução que traz Matt Damon como "protagonista" é bem bacana quando se assiste à ela despretensiosamente. Não, o "marido cinematográfico" (haha) dele, Ben Affleck, não o acompanha nessa jornada em busca de um novo mundo para todos.
 O ano é 2154 e a terra virou um caos total. Literalmente tudo é miséria aqui neste nosso humilde planeta, no ínicio do filme você fica até meio achando que ele foi gravado em algumas das favelas decadentes de terras tupiniquins. Damon, em uma boa atuação, é um cara que está em liberdade condicional e trabalha numa fábrica de droids de Los Angeles e que por acidente acaba sendo exposto a doses máximas letais de radiação, e por conta disso só tem mais cinco dias de vida. Ele conta com a ajuda da enfermeira interpretada por Alice Braga, que apesar em um papel de pouco destaque em comparação aos outros (mesmo tendo uma filhinha com leucemia), consegue se sair bem defendendo sua personagem com dignidade e veracidade.

Em ELYSIUM, todos os ricos da terra puderam se refugiar, é uma colônia, tipo uma cidade espacial, onde não existem catástrofes, doenças e tudo é perfeito. É tanta riqueza que por vezes a cenografia de alguns takes do local me lembrou REVENGE. O sonho de todos é ir lá uma vez na vida, mesmo que não seja para morar, apenas usar uma das cápsulas médicas de cura instantânea já seria suficiente. O problema é que ELYSIUM é uma verdadeira fortaleza, comandada pela corrupta secretária de segurança interpretada magistralmente por Jodie Foster, que não tem dó de quem tenta se aproximar ilegalmente do "paraíso" e planeja uma espécie de "golpe de estado" para se tornar a Presidente suprema.

Quando se trata de tentar atravessar as pessoas, o manda-chuva é Wagner Moura, que faz o mesmo trabalho dos coyotes que levam pessoas para os EUA clandestinamente, porém o seu trabalho é muito mais árduo e nem sempre as pessoas conseguem se manter em ELYSIUM ou mesmo sair de lá após usar uma cápsula médica. Moura é responsável pelos momentos cômicos e pela sua interpretação ganhou o apelido de FANTÁSTICO pelo jornal THE NEW YORK TIMES. O personagem é quem ajuda o protagonista doente a chegar em ELYSIUM em troca de um favor pra lá de maluco, que põe em risco o plano da fodona lá, a Jodie Foster.

A direção é muito eficiente e por vezes passa um ar ultra-realista ao apresentar algumas cenas em forma de documentário.A  ótima fotografia potencializa os efeitos especiais bem bolados e as cenas de ação bem coreografadas. O roteiro despretensioso acerta. No mais, só assistindo mesmo, se não começarei a dar spoilers aqui.
Abração!







quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ESSE EU VI: "INVOCAÇÃO DO MAL"



Susto atrás de susto. Domingo (15/09), minha irmã, dois amigos e eu fomos assistir à estréia cinematográfica do fim de semana. "INVOCAÇÃO DO MAL", que chegou nas telonas em plena sexta feira13, realmente invoca o que há de malígno na mente do espectador e faz com que ele saia do cinema chocado e com a respiração ofegante, desde que todos sejam como eu que não consigo assistir um filme apenas por fazer, eu preciso entrar na história e me colocar no lugar dos personagens, para poder aproveitar cada segundo das sensações que a película pode me oferecer.

O filme, que já foi visto por mais de 336 mil pessoas, baseado em uma história real Carolyn e Roger Perron (Lili Taylor e Ron Livingston) moram com suas cinco filhas em uma casa de campo nos Estados Unidos. A família - que havia acabado de se mudar para a residência - logo percebe algo de errado. Aparições, barulhos inexplicáveis e objetos se movendo sozinhos os levam a procurar a ajuda do casal de investigadores Ed e Lorraine Warren (Patrick Wilson e Vera Farmiga) na investigação do que se tornaria o caso mais assustador de suas carreiras. As famílias assombradas por espíritos já estão no cinema norte-americano desde "Terror em Amityville", de 1979, e foram exploradas à exaustão pelos longas de horror orientais. A fórmula tem em "INVOCAÇÃO DO MAL" um de seus mais bem executados exemplares.O diretor James Wan, responsável pela sádica franquia "JOGOS MORTAIS", imprimiu mais uma vez a sua marca: o suspense, que é usado de forma genial, ao invés de apelar para o clichê como esperado, já que o tema é saturadíssimo. É um filme que ganha pela sua história consistente e bem conduzida, a dramaticidade é super bem defendida pelo ótimo elenco. A fotografia é belíssima, com um tom sépia que combina com a época setentista.
Sem concorrentes fortes ou à altura, ele pode se transformar facilmente no terror do ano (ainda que eu o considere um "suspensão"), mesmo que venham outros até o final desse semestre. "INVOCAÇÃO DO MAL" transforma fórmula desgastada em sustos originais, que são capazes de arrancar arrepios, mini-infartos, gritos e pulos da poltrona até dos que se dizem mais fortes. Nunca vou me esquecer de algumas cenas que mexeram muito comigo e com uma garota que estava ao meu lado, que gritava e pulava feito louca!

Além dos elementos chave, como portas batento, blackouts, e vultos, o filme também conta com a presença ilustre de uma boneca chamada Anabelle: pense numa boneca que me causou desconforto só de olhar! Que coisa demoníaca, parece que ela está lendo tua mente! E olha que ela nem tem nada demais no rosto, mas é que você sente uma presença horrível naquele objeto supostamente "inanimado"... e detalhe, ela é REAL! Aliás, tudo no filme foi REAL! É só pesquisar na internet que você acha todas as informações sobre o caso da família Perron, o que não dispensa a apreciação da película, o que eu aconselho que você faça no cinema, pois em casa fica tudo mais tenebroso... ah, sei lá! Você que sabe (risos). 

Pra você ver o quanto esse filme mexeu comigo que sou um fã do gênero e vejo filmes com frequência sem obter qualquer reação diferente do normal. Outra coisa que me impressionou muito foi a forma natural e verdadeira com que o diretor tratou o caso na hora de transformá-lo em uma obra audiovisual. Ele poderia muito bem enxer o roteiro de efeitos especiais e sustos fáceis e previsíveis, porém optou aproveitar o belo material que tinha nas mãos (o FATO REAL - repare que eu estou deixando um sobreaviso pra quem vai assistir rs) e apostar na história bem trabalhada e atrativa do começo ao fim. A diferença de "INVOCAÇÃO DO MAL" está em distinguir o fácil do natural e utilizar o segundo com criatividade, eficiência e respeito à inteligência do espectador.
ASSISTA! #FICAADICA. Abração, galera!


sábado, 7 de setembro de 2013

ESSE EU VI: ! INSTRUMENTOS MORTAIS !

“Instrumentos Mortais – Cidade dos Ossos”, não conseguiu me fisgar e apesar de ter sido melhor que “Percy Jackson”. A traminha teen do livro escrito por Cassandra Clare não funciona direito na telona, pelo menos não nessa 1º adaptação. É uma mistura louca de criaturas sobrenaturais, símbolos sagrados e historinha de “revista capricho”.

A direção acerta diversas vezes, mas não consegue segurar a seqüência inteira do filme, mesmo mostrando-se competente em cenas precisas mastigando tudo para o expectador, o que é ótimo para quem não gosta de imaginar e de cenas subjetivas. A cidade dos ossos, sub-título do longa, nem teve o devido destaque e pareceu não ter importância, pois não foi tão explorada... O que dizer do efeito especial do primeiro demônio que aparece? Aquele que estava disfarçado de cachorro: Absurdamente risível! Parece que um garoto de 10 anos fez aquele rabisco de Lula Molusco com “geléia do inferno” no SONY VEGAS... (risos eternos).


"Olha o que eu sei fazer!" - Se sentindo "poderosa" hahahaha

O roteiro é tão confuso que você fica os 30 minutos iniciais perdidão na história, vendo o show de bizarrices acontecer. Bizarrices essas que incluem a interpretação fraca e quase sem nenhuma expressão do elenco. Os protagonistas não têm química e nem carisma, apesar da beleza incontestável de Lily Collins (de 24 anos, fazendo a adolescente de 16 kkk), que dá forma à Clary Fray.  A fotografia dá todo o ar de obscuridade que a película precisa para encher nosso olhos de expectativas frustradas, pois o clímax deveria ter sido melhor trabalhado. Não disse que de todo foi ruim, mas que podia ter sido muito melhor podia! Pohá mano, nem parece aquela Hollywood, aquela potência que já nos deu tantos clássicos jovens maravilhosos! Eles tinham um ótimo material nas mãos, mas tudo o que fizeram foi mesclar elementos e somar 1+1, em vez de tentar inovar e fazer algo bom e aceitável como “Jogos Vorazes”. Fico por aqui, abração!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

ENTREVISTA: "Cara a Cara" com RENATA DIAS GOMES!

Como já disse a brilhante Virgínia Woolf: “Escrever é que é o verdadeiro prazer. Ser lido é apenas um prazer superficial”.

Nesse terceiro período de Jornalismo, estou aprendendo a entrevistar pessoas na disciplina de Redação Jornalística. Pensei: Sabe do quê mais? Vou exercitar o conteúdo assimilado!
Hoje, na minha primeira entrevista, eu tenho o prazer de conversar com ela, que é neta de ninguém menos do que o casal mais ilustre da dramaturgia brasileira, a linda e talentosa Renata Dias Gomes. Aos 6 anos, sua história sobre uma viagem imaginária ganhou o concurso de melhor redação do colégio, o que despertou nos familiares a certeza de que os saudosos autores Janete Clair e Dias Gomes não ficariam sem sucessor no segmento teledramatúrgico.

Em 2001 entrou para a faculdade de Cinema, testando diversas vertentes do segmento desde a roteirização à direção de curtas. Seu curta "Exílio Aqui Mesmo", produzido na época, foi classificado e exibido em diversas mostras e festivais. Iniciou a carreira em 2004, roteirizando documentários, institucionais e um seriado para TV fechada. Como colaboradora, escreveu para a novela “Alta Estação” - de Margareth Boury - e “Chamas da Vida” - de Cristianne Fridman. Em 2008 começam as primeiras especulações de um possível interesse do SBT em sua contratação. Embora desmentida, a "paquera profissional" se mostrou real com a contratação oficial de Renata no SBT em 2009. Em agosto de 2012 Renata assinou contrato com a Rede Globo.

A escritora...

Renata, primeiro eu preciso dizer que é uma honra ter você como a minha primeira convidada. Já começando o nosso bate papo assim na lata:
COMO É PRA VOCÊ SER NETA DE JANETE CLAIR E DIAS GOMES? EXISTE ALGUMA ESPÉCIE DE MISSÃO DE SUCEDER SEUS AVÓS NESSA ARTE DE ESCREVER NOVELA? VOCÊ SE SENTE ASSIM? TE COBRAM MUITO ISSO?

“Eu já nasci neta de Janete Clair e Dias Gomes, então, não sei como seria ser diferente. Eu me cobro muito, sou minha maior crítica, mas não me cobro suceder meus avós porque sei que é impossível. Por melhor que eu seja, não vou chegar aos pés deles que foram os melhores em tudo que se propuseram. Minha avó deu 100 pontos de audiência, meu avô ganhou Cannes. Eu ainda sou só uma autora em início de carreira. Por mais que eu aspire ser grande, não dá pra aspirar ser como meus avós. Também não senti até aqui essa cobrança por parte do público, acredito que porque estou ainda começando e indo cada degrau de uma vez sem pular etapas. Não sei como vai ser quando eu tiver um trabalho autoral relevante”.

COMO VOCÊ REALMENTE DESCOBRIU A VOCAÇÃO E DISSE “EU QUERO ESCREVER NOVELA”?
“Não sei! Sempre quis ser escritora e sempre quis escrever novelas. Não lembro como isso começou. Lembro que aprendi a ler e escrever muito cedo sozinha (pouco antes de completar 4 anos)e desde então já queria contar histórias. Nessa época eu já brincava de escrever histórias contando um pouquinho por dia e deixando um gancho pra continuar no dia seguinte. Sempre fui noveleira também e provavelmente por ter visto meu avô escrevendo novelas sempre entendi que isso era normal pra quem queria ser escritor”.

VOCÊ TAMBÉM TRABALHOU/TRABALHA COM CINEMA; COMO É A EXPERIÊNCIA?
“Eu estudei cinema na faculdade, mas não cheguei a trabalhar efetivamente com cinema. fiz alguns curtas, mas só amadores. Na faculdade eu pude experimentar estar no set de filmagem, o que também é uma delícia. Mas gosto mesmo é de trabalhar em frente ao computador”.

COMO É A ROTINA PROFISSIONAL DE UM COLABORADOR?
“Depende muito do estilo de cada autor. a rotina do colaborador depende diretamente da rotina do autor. A idéia é ficar disponível pro que ele precisar. Normalmente o autor manda diariamente uma escaleta pra que os colaboradores desenvolvam as cenas. Então o principal item da rotina de um colaborador é esperar a escaleta”.

O QUE FICA DEPOIS DE FINALIZAR UMA NOVELA?
“A sensação de terminar uma novela é de dever cumprido. Felicidade por ter realizado mais um trabalho”.

JÁ PENSOU EM PARTIR PARA O TEATRO?
“Muitas vezes e acredito que isso deve acontecer em breve. Eu amo teatro e na realidade foi meu primeiro meio de expressão ainda na escola. Tudo que eu escrevia virava peça de teatro. Depois acabei fazendo faculdade de cinema, entrando cedo pra TV e a estréia profissional no teatro ficou pra depois. Mas ela vai chegar”.

COMO VOCÊ ANALISA O MERCADO PARA QUEM QUER SEGUIR CARREIRA?
“É um mercado em crescimento. Se você pensar só em novelas pra TV aberta é um mercado muito pequeno porque há poucas emissoras produzindo e as novelas duram muito. Mas se pensar no mercado de séries também, a expansão está acontecendo! Eu sempre falo aos roteiristas iniciantes que não se foquem apenas nas novelas porque o campo abre bastante se pensar em produtoras independentes”.

QUAIS SÃO OS SEUS PLANOS PARA O FUTURO?
“Eu estou na equipe do Aguinaldo Silva pra sua próxima novela das 21 e esse é meu projeto principal. Paralelo a isso estou preparando projetos pessoais, mas ainda não dá pra falar sobre eles”.
Infelizmente o nosso bate papo com a Renata chegou ao fim, leitores. Muito obrigado pela sua colaboração, Renata. Fico muito feliz de você ter aceitado ser a minha primeira convidada, espero que a gente converse mais vezes. Saiba que admiro muito o seu trabalho!

“Nossa o prazer foi meu. Muito Obrigado pela oportunidade, conversaremos mais vezes. Bj.”

Então é isso galera, essa foi a minha primeira entrevista como “jornalista” (risos), espero que tenham curtido. Aguardem, porque vou lutar para falar com mais famosos escritores, jornalistas, roteiristas/diretores de cinema e TV. Passem sempre aqui pelo blog beleza? Abraço.