quinta-feira, 31 de outubro de 2013

ABRACADABRA: DIVAS DA MAGIA

Galerinha que acompanha este humilde e dedicado blogueiro, hoje eu decidi fazer uma matéria especial! Halloween é do dia delas, boas ou más, lindas ou feias, as bruxas são unanimidade quando se trata de magia e com certeza você vai se lembrar de uma história que você viveu quando criança, que envolvia pelo menos uma dessas divas aqui. Essa é uma lista pessoal que fiz com as bruxas que de algum modo passaram pela minha infância deixando lembranças inigualáveis. Relembre e divirta-se!


- Bruxa Má do Oeste: De 1939 pra cá, essa coisa magra e verde já assustou muita criança. Pobre Dorothy que sofreu e teve de passar uns perrengues legais por causa dessa malvada. Do clássico infantil mais cultuado de todos os tempos "O Mágico de Oz". Talvez o único personagem realmente marcante da carreira de Margaret Hamilton.

- Eva, a Rainha: "Tirem os sapatos, as luvas, as perucas...as máscaras!" Era com essa frase épica que a poderosa Anjelica Houston se transformava numa bruxa nariguda e curubenta. A Rainha malvada da Inglaterra tinha uma legião de seguidoras prontas para tocar o terror nas criancinhas britânicas. O plano era fazer com que todos os "remelentos" virassem ratos, e apesar de terem conseguido duas vítimas no Hotel em que se hospedavam, no fim o feitiço saiu pela culatra.
- Cuca: Essa aqui é uma das minhas favoritas. Não adianta se esconder, pois ela "te pega daqui, te pega de lá!". A cuca é um dos personagens de maior destaque do folclore brasileiro e dependendo da região ela tem características diferentes: de velha feia com garras de gavião a jacaroa loira, como ficou mais conhecida através da adaptação televisiva do "SÍTIO DO PICAPAU AMARELO" (Monteiro Lobato), onde ela era a principal inimiga da boneca Emília. Ao longo das temporadas ela já teve várias formas e foi interpretada por muitas atrizes, mas Dorinha Duval foi quem a imortalizou na versão de 1977.
- Madame Min: Uma velhinha arretada! A bruxa velha do bosque mete medo nas criançinhas por ter a cara mais feia que já se viu; ela pega os pequeninos e os faz de mistura para suas sopas. Apesar disso tudo é muito simpática e engraçada, além de poderosa. A primeira vez que a vi foi no filme A ESPADA ERA A LEI, que conta a infância do jovem Arthur (antes de se tornar rei). Nesta animação a bruxinha trava uma das lutas mais épicas do cinema: Madame Min vs. Mago Merlin (conselheiro de Arthur). Ah, e ela tem uma risadinha deliciosa!
- Elvira, a Rainha das Trevas: Essa com certeza protagonizou os sonhos molhados dos jovens que pegaram o auge da Sessão da Tarde. Elvira sempre será a bruxa mais trash e sensual que eu já vi. A atriz Cassandra Peterson criou a personagem e se tornou um sucesso inesperado. Na época em que filmes de baixo orçamento estavam "na moda", Elvira fez fama com um roteiro divertido, acidamente crítico e cheio de conotações sexuais, que às vezes nem estavam tão subliminares assim. Impossível escrever sobre ela e não citar a inigualável cena da "dança dos peitos".
- Sabrina: Interpretada por Melissa Joan Hart, essa é uma figura. A aprendiz de feiticeira é atrapalhada e raramente seus feitiços dão certo. Criada pelas tias bruxas, descobriu as habilidades mágicas aos 16 anos e sempre tenta levar vantagem deste fato. Contando com o submisso e hilário gato Salém, ela aprontou todas na série, filmes e quadrinhos. Sua maior decepção é que as tias a proíbem de dirigir enquanto não souber pilotar uma vassoura direitinho: #Chateada!
- Hermione Granger: "Das bruxas da sua idade, você é a mais inteligente." Essa frase define bem quem é essa traça de livros. Criada por J.K Rowling, a bruxa mais nerd do mundo(senão a única), tem nisso a sua melhor arma. Afinal, a inteligência ninguém tira de você, né? A não ser que você seja atingido pelo feitiço "Obliviate", no qual a nossa gênia é mestra! Mione é o cérebro do "golden trio" que ela forma com os amigos Harry Potter e Rony Weasley, este último com o qual ela casou-se.  Interpretada por Emma Watson na adaptação cinematográfica da série literária.
- Bellatrix Lestrange: Pérfida, maléfica, debochada. Assim é Stª Lestrange, uma bruxa implacável. Assim que surgiu no 5º livro da série Harry Potter eu sabia que ela seria demais! Assassina cruel e uma duelista nata, nutre um amor platônico pelo seu mestre, Lord Voldemort. Especialista na maldição da tortura (Cruciatus), é a melhor Comensal da Morte. Foi capaz de matar membros da própria família inclusive o primo Sirius e a sobrinha Tonks. A atriz Helena Bonhan Carter imprimiu sua marca forte na personagem e arrancou elogios de todos.
- Morgana: Nos livros "As Brumas de Avalon" de Marion Zimmer Bradley, que recontam a história do Rei Artur, Morgana é uma sacerdotisa sagrada da Grande Mãe. Conhecedora da filosofia e dos segredos da natureza, é uma das bruxas mais fascinantes e foi representada em inúmeras atrações do cinema e da TV. Viveu na época medieval, sendo meia-irmã do Rei Arthur. É conhecida também por ter uma personalidade forte e inclinação para o mal, usando de magia negra para punir seus inimigos. Seu maior adversário é o Mago Merlin. Na versão cinematográfica da obra de Marion, a atriz Julianna Margulies foi quem deu vida à épica dama da magia.

- Irmãs Owens: As mulheres da família Owens sofrem com uma terrível maldição lançada acidentalmente por uma ancestral: Os homens que por elas se apaixonarem estarão fadados a morrer de forma trágica. Sally (Sandra Bullock) e Gillian (Nicole Kidman) são as protagonistas desse filme super despretensioso com cara de final de tarde. Adoro a dobradinha dessas duas em suas confusões; tudo tem um ar meio Wicca. Apesar de não ter grandes acontecimentos, é um bom filme e merece ser visto por quem gosta do tema, destaque para a cena em que elas pulam do telhado e flutuam com seus guarda-chuvas.
- As Bruxas de Eastwick: Três mulheres entediadas se reúnem todas as quintas-feiras para se divertir e conversar sobre variados assuntos. É claro que o principal tema na pauta das três são os homens e seus defeitos, e como seria, em tese, o homem ideal. Eis que elas decidem conjurar um feitiço que trará o cara dos seus sonhos. Elas se envolvem com o misterioso ricaço Daryl Van Horne, que cria uma verdadeira guerra dos sexos colocando a pacata vida dessas mulheres de cabeça para baixo. Jack Nicholson está impagável como o objeto de desejo das três bruxas carentes vividas por Cher (sim, pra você que não sabia ela também é atriz), Michelle Pfeiffer e Susan Sarandon. As três começam a brigar entre si pela "posse" do homem ideal, que parece mais o próprio diabo. Divertidíssimo.
- Irmãs Sanderson: Uma das melhores produções da Disney. Winnie, Mary e Sarah Sanderson são três bruxas velhas e feias que usam uma garotinha para tornarem-se jovens novamente e por isso são enforcadas pelos populares, porém antes de morrerem Winnie lança uma maldição: As irmãs retornariam na noite de todos os santos (halloween) para se vingarem de todos os habitantes de Salém, e para isso acontecer um virgem ascenderia a vela de chama negra. 300 anos depois, Max  um novato na cidade resolve bancar o cético e brincar com a tal vela, o que resulta na volta das terríveis bruxas que precisam sugar vidas para não morrerem ao nascer do sol. Um filmaço que conta com três grandes atrizes nos papéis das megeras: Bett Midler, Kathy Najimy e Sarah Jessica Parker. Confesso que eu tive um pesadelo com a bruxona dentuça, Winnie é muito feia! (risos). O musical " I Put a Spell on You" é outro destaque.
-Irmãs Halliwell: Muito me divirto com essas três também. Relações complicadas, lutas perigosas e conflitos internos. Como se entrar no sótão da sua casa e achar um "livro das sombras" contando os segredos mágicos de sua família fosse a coisa mais normal do mundo. Assim é o primeiro episódio de "Charmed". Prue (Shannen Doherty), Piper (Holly Marie Combs)  e Pheobe (Alyssa Milano, minha predileta) descobrem que descendem de uma linhagem milenar de bruxas; telecinese, congelamento temporal e clarividência são seus poderes, respectivamente. Um sucesso que ao assistir te revela toda a magia que pode se esconder dentro de você.
- Willow Rosenberg: Interpretada por Alysson Hannigan, é uma das personagens mais importantes da série "Buffy" e melhor amiga da protagonista (Sarah Michelle Gellar). No início ela é uma nerd afetada e acostumada com o estereótipo de fracassada. Ao se tornar amiga de Buffy e conviver diretamente com os perigos sobrenaturais que a amiga combate, ela começa a desenvolver certa inclinação para as artes ocultas. Uma frase marcante de Willow é: "Bruxaria é parecido com química, só que mais horripilante". Mas, é na quarta temporada que ela realmente aflora pra valer as suas habilidades místicas, se tornando a segunda bruxa mais poderosa da televisão, ficando atrás apenas da nossa próxima bruxa da lista.

- Samantha Stephens: Essa loira é fera! Direto de 1964 "A Feiticeira" será eterna no coração de quem já viu pelo menos um episódio dessa maravilhosa comédia protagonizada por Elizabeth Montgomery. Imagine uma bruxa que tenta fugir de suas origens tentando levar uma vida normal, com marido e dois filhinhos fofinhos. De repente aparecem sua mãe maluca (típica sogra chata), uma vizinha bisbilhoteira e desconfiada e o resto da parentada mágica toda! É confusão que não caba mais. Uma diversão só! Eita que se eu tivesse a capacidade de resolver (ou não, rs) a minha vida apenas com uma torcidinha no nariz ou um estalar de dedos... A TV aberta perde por não exibir mais esse sucessão que teve oito temporadas finalizando em 1972.

sábado, 12 de outubro de 2013

!O PRIMO!




**Não sei se ficou bom, mas tá aí pro dia das crianças!**

Quem? Aquele primo por parte de pai que a gente quase não via, sabe. Pois é, eu lembro dele demais. Chegando lá em casa, quando a gente morava no interior. Tempos bons aqueles em que eu nem me preocupava em dedilhar um teclado de computador como agora, se bem que nesse instante é realmente por uma boa causa. O primo era gente boa, uns quatro, talvez cinco anos mais velho. Eu morria de ciúmes. Meu pai trouxe ele pra passar um tempo com a gente, o menino era perguntador demais da conta. Todo dia parecia férias. Ele, minha irmã e eu chegávamos do colégio e com a rapidez de um foguete ligávamos a TV pra ver os desenhos mais irados, na época em que as crianças realmente tinham uma programação voltada para elas, com todas aquelas inúmeras loiras comandando seus programas de auditório, a gente ficava até indeciso sem saber com qual emissora ficar. Mas quando dava umas onze, a frase "Oi, eu sou o Goku" deixava a rua praticamente vazia... a gente virava super saia jean, prontos pra desbravar o mundo atrás das esferas do dragão e derrotar um guloso Madimbu. Sim, a gente era realmente feliz com a parabólica no teto, naquela época e principalmente no interior, isso era considerado um luxo. Porém, passava longe de alienação, já que as brincadeiras de rua ainda tinham força total e enquanto o grito da minha mãe não ecoava rua a fora a gente não voltava pra casa. O dono da mercearia da esquina quase fez fortuna a nossas custas, pois sempre na volta do colégio a gente comprava vários pacotes de biscoito recheado (nikito hahaha) e detalhe: só comíamos o biscoito; o recheio a gente juntava e fazia uma gororoba com leite e nescau deixando no congelador pra comer depois da janta. Nunca fui muito bom de futebol, sou mais de assistir do que de jogar, perna de pau mesmo; o primo sempre deu um show e dizia que ia ser um dos grandes ainda...pelo menos torcemos pelo mesmo time (risos). Como esquecer os bolinhos de polvilho da minha segunda mãe? (Coitada dela, tinha que aguentar três pestes todos os dias enquanto minha mãe de sangue trabalhava, mas, acho que ela era meio masoquista). A gente pegava aquela massa e moldava do jeito que queria... nossos bonecos do Goku quando eram jogados no óleo quente saíam parecendo dois bonequinhos Voodoo! (risos) Eita primo, a gente tem história, rapaz!

Tudo o que é bom dura pouco e o primo um dia foi embora lá de casa... muito tempo sem contato. Hoje, em tempos de facebook, nos encontramos "de verdade" foi no whatsapp da minha irmã (não, eu não sou viciado naquilo) e agora com certeza não deixaremos de nos falar, nem que seja um cumprimento cordial, ou mesmo um telefonema como o último que durou uma hora e meia. Uma das melhores surpresas foi saber que o craque da rua agora é pastor e segue na busca por mais felicidade coletiva, evangelizando e mostrando o que podemos esperar da vida se deixarmos Deus conduzí-la. Primão, eu só tenho a te agradecer por ter feito parte de uma infância maravilhosa e agora depois de tanto tempo, mesmo morando lá no interior de Minas, saber que "ocê" continua o mesmo cara humilde e alegre me faz te admirar ainda mais! 
Paz, amor e sucesso pra nós, irmão. Toca aê! haha, Abraço.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

!MÉXICO GOSTOSO!



Você sabe quem é Inés Rodena? Provavelmente não. Acho que posso dizer que COM CERTEZA você deve ter assistido algo dela na TV, mais precisamente na emissora do baú. Essa mulher que você nem sabia que existia fez parte da sua vida (enquanto telespectador) e eternizou na sua memória personagens marcantes. Será que existe uma pessoa nessa vida que não tenha balançado os ombros, batido os pés ritmicamente no chão, ou mesmo cantarolado ao escutar o refrão "Y a Mucha Honra" (tãm tãm tãm) ??? Ou torcido pela felicidade de gêmea boa enquanto se deleitava com as caras e bocas da gêmea má??? Se essa pessoa estranha existir me avisem que quero entrevistá-la e mandar pros laboratórios suíços estudarem!

Inés Rodena foi uma escritora e dramaturga cubana, que colaborou com o rádio e TV, doando o seu talento para a dramaturgia latina. Sua paixão por escrever nasceu depois de trabalhar como enfermeira e conviver com diversas histórias, as quais registrava em um caderno. Com o recente sucesso das tardes mexicanas do SBT, resolvi fazer esse post homenageando-a comparando duas de suas obras mais famosas, que provaram sua versatilidade e a consagraram mundo a fora. Eu estou falando das novelas MARIA DO BAIRRO e A USURPADORA.




Os dois maiores êxitos da televisa dividem com DA COR DO PECADO (João Emanuel Carneiro) VAMP (Antonio Calmon) e A ESCRAVA ISAURA (Gilberto Braga), o título de produtos teledramatúrgicos mais vistos do globo. A primeira conta o drama da última sofredora da "trilogia das Marias", que é composta por MARIA MERCEDES e MARIMAR. O conto de fadas mexicano tem todos os elementos clichês da boa e velha história da moça pobre, que se apaixona pelo príncipe e tem que enfrentar a bruxa má para poder consumar esse amor. Porém, o diferencial é a forma de contar, que abusando dos exageros consegue prender o telespectador nas idas, vindas e reviravoltas da protagonista bem sucedida vivida inesquecivelmente por Thalía. Maria é uma pobre moça que sobrevive catando papel no lixão e perde a sua tia, ficando sozinha no mundo. Quando é adotada por Fernando Dela Vega (Ricardo Blume), e vai morar na mansão da família onde é mal recebida pela esposa do magnata, Vitória (Irán Eory), que não aceita dividir o teto com uma "imunda". Juntando-se à tia, Soraya (Itatí Cantoral) também abomina a "Marrrginaaal!!!". 


Luís Fernando (Fernando Colunga), o filho galã, que está desiludido do amor, volta para casa e por não simpatizar com a moça decide brincar com os sentimentos dela, vingando-se por também ter sido enganado por uma mulher. Ele não imaginava que se apaixonaria de verdade pela inocente catadora, que depois de alguns anos se tornaria uma Senhora Dela Vega, digna do respeito de todos que a odiavam, menos de Soraya é óbvio, que sonhava em se casar com Luís e somar sua fortuna à da família. A partir daí, todos já sabem de cor e salteado o que acontece com Maria. Trilha sonora "daquele jeito" e coadjuvantes interessantes garantiam o suporte necessário para que todos os personagens brilhassem em vários momentos, não importando o seu grau de relevância na trama... quem não se lembra da fofoqueira e insuportável doméstica da família Dela Vega, Carlota (Rebeca Manríquez)?MARIA DO BAIRRO é uma incansável história, que sempre conquistará a todos que tiverem o coração açucarado

Já a segunda, é bem mais adulta e cheia de nuances. Um texto denso e caricato faz de  A USURPADORA um cult das telinhas. O dramalhão das gêmeas interpretadas por Gaby Spanic conquistou o público brasileiro em cheio na emissora do seu Sílvio, chegando por muitas vezes a incomodar a toda poderosa da família Marinho.A trama começa quando Paola em uma de suas viagens extraconjugais num cruzeiro, nota a sua semelhança com a camareira Paulina e a vê como uma oportunidade de escapar da insuportável vida que leva casada com Carlos Daniel (também de Fernando Colunga), a quem não ama e só exibe como troféu.  A malvada arma para que Paulina aceite se passar por ela durante um ano, enquanto viaja o mundo sugando luxos de seus inúmeros amantes. Paola acusa Paulina de ter roubado sua pulseira valiosíssima, deixando a boazinha desempregada e sem ter como ajudar a mãe doente. Então o trato se concretiza: Paola retira a queixa e deixa Paulina livre para ajudar a mãe (que morre tempinho depois revelando em  carta que elas são irmãs), mas em troca ela terá que substituí-la, aprender o jeito Paola de ser. Porém a chegada da falsa Paola na mansão é cheia de estranheza, já que o perfil doce de Paulina fala mais alto. 
Então no desenrolar da trama, enquanto Paola está viajando, Paulina se depara com uma família deficiente, boa parte disso por culpa da gêmea má e determina-se a colocar tudo no seu devido lugar, inclusive reerguendo a Fábrica Bracho, conquistando o respeito de Piedade (Libertad Lamarque), a matriarca, e a confiança de um por um, lutando para reprimir o amor que brotou em seu coração pelo marido da irmã. Mas, nem tudo são flores e Paola volta para infernizar novamente a vida de todos, começando por Paulina, a usurpadora. A mulher é tão ruim que mesmo entrevada numa cadeira de rodas consegue acabar com a paz que reinava entre todos. Um novelão que consagrou Gaby Spanic e se tornou tão popular quanto o sucesso tupiniquim MULHERES DE AREIA (de Ivani Ribeiro), que a propósito, ganhará um remake mexicano protagonizado pela eterna usurpadora. Esperamos que ela se saia tão bem quanto Eva Wilma em 1973 e Glória Pires em 1993, na pele de Ruth e Raquel.
VILÃS


Impossível falar desses clássicos sem destacar as víboras. As vilãs criadas por Inés Rodena nessas duas histórias, foram um show à parte. Cada uma ao seu estilo, Soraya Montenegro e Paola Bracho dividem o 1º lugar no ranking  das melhores (ou piores?) vilãs da teledramaturgia mexicana. A primeira, psicoticamente obsessiva, atazanou Maria e Luis Fernando, matou a própria mãe, usou Nandinho como seu brinquedo sexual e humilhou uma pobre "Aleijadaaa!!!", depois morreu carbonizada. Já a segunda, diabolicamente sexy, chantageou a irmã, sumiu do mapa, voltou e mandou a coitada pra prisão por falsidade ideológica, atentou o juízo dos Bracho, simulou paraplegia, dissimulou como o diabo, e arriscando a própria vida para matar sua enfermeira comparsa (queima de arquivo) acabou morrendo no hospital. Um detalhe em comum é que as duas fazem uso de uma risada maléfica. Paola também se destaca pelos seus carões e frases como "Os mortos não falam queridinha". E as aberturas bregas? São quase que personagens essenciais das tramas, deixam uma sensação de vazio quando não são exibidas no capítulo.


Duas novelas que por mais que sejam ótimas, não tem a mesma graça (pelo menos pra mim) se forem vistas no idioma original. A dublagem de ambas é marcante e insubstituível. Dois clássicos internacionalmente premiados da TELEVISA que o SBT sabe aproveitar muito bem, usando como verdadeiras armas contra a baixa audiência (mesmo que a exaustão), tática que sempre dá certo e acaba com a alegria das concorrentes. Agora você já sabe quem é Inés Rodena, essa grande escritora que te fez  viajar no mundo do dramalhão mexicano, cheio de clichês como amores proibidos, a pobre que fica rica, a vilãzona caricata, a mansão da realeza, os desencontros intermináveis... Eita México gostoso! Arriba! hahaha.
Abraço.